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Museu Carlos Machado Canto da Maya (1890/1981), escultor
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Caro Ernesto

Escreve de Ponta Delgada e informa que enviou carta à mãe de Canto da Maya, entre outros mui variados assuntos, enviando saudades para os sobrinhos Mário e Beatriz. Assina “Tia amiga Annica”. Documento original manuscrito em português com título atribuído. Está escrito no verso de um menu do Hotel Bavière de Paris.

Meu Caro Ernesto

De Ponta Delgada escreve ao sobrinho a agradecer o retrato que não está muito bom, mas que continua a agradecer. Informa que foi ver as Tias Canto e que a mão ainda não está muito boa, continuando fraca e pálida, mas com muitas saudades do filho. Informa, também, que os pais vão no dia 1 de agosto para as Furnas. Escreve sobre outros assuntos. Assina “tua tia e amiga Annica”. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro fº

Estima que o filho se encontre de boa saúde e questiona-o se recebeu já as ações da Companhia de Panificação. Pede pata tentar saber como se poderão vender as ditas ações porque se poderá dar o caso de ajudar no pagamento de uma dívida. Assina “A. Cardoso”. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu querido Ernesto

A remetente refere que muito gostou de ter notícias de Canto da Maya e que gostou de ver os chupadores de pó, mas que ainda não teve tempo para se informar sobre o melhor modelo. Escreve que ele ainda não lhe disse nada relativamente às cortinas e que tem muita pressa nisso. Questiona se o escultor já mandou fazer as fechaduras para a mala, informando que vai mandar couro para Lisboa para Canto da Maya fazer uma mala para si. Escreve que viu na revista que ele a enviou ["Molidier et decoration"], nº5, dezembro de 1946, um artigo de René [Chenence], que não pode calcular os preços, mas que gostaria de saber os valores dele e questionar se o autor se estaria interessado em reproduzir alguns trabalhos, como a Nossa Senhora, por exemplo. Questiona-o sobre quando ele vem a São Miguel e escreve para ele não se incomodar com o presente do Maurício, pois o Sr. Vasconcelos dá sempre uma oferta aos netos. Informa que têm tido boas notícias da [Papis] e que a família do noivo tem sido amabilíssima. Agradece-lhe por este o ter comprado um vestido azul e outro para a [Papis] e informa que relativamente ao aspirador o que mais gostou foi do Cadilac. Questiona como tem passado a Violante na sua vida nova e escreve que a Maria terá muito tempo para se interessar, mas que por agora é bom que seja criança, referindo que as freiras devem-lhe ter feito bem, pois não tinha os mimos da mamã e que agora deve apreciar imenso a sua casa. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu querido Irmão

Beatriz do Canto informa que relativamente aos dinheiros de Canto da Maya que as coisas estão resolvidas, informando os problemas que têm existido com as fábricas de manteiga e com terra que iam receber para o terreno dos Prestes, referindo ainda que têm o dinheiro do leite para estas despesas e para as férias. Aborda questões da vida familiar, nomeadamente sobre o filho da Violante, dando alguns conselhos de como eles deveriam proceder. Refere que não devem ir a Paris, pois o Eugénio vai construir uma casa na Lomba da Maia para o Maurício que vai casa com a filha do Sales. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

meus queridos Irmãos

Entre outros assuntos fala da troca de moradas que levou a que uma carta anteriormente remetida a Beatriz tivesse chegado mais tarde; falada da criada da Ribeirinha e no trabalho que tem tido com as crianças. Despede-se com saudades e um abraço para os dois – apesar de a missiva não estar datada será dirigida ao irmão Ernesto e 2ª mulher Vera. A ambos no cabeçalho se refere como “Irmãos”. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

meu querido Irmão

A remetente escreve que está em Ponta Delgada há 13 dias e que só hoje é que está a ter algum sossego, pois, a casa como esteve fechada estava muito suja, e também porque tiveram mestres na cozinha e no andar de cima. Refere a seca que tem atingido a ilha e como tem sido mau para a agricultura. Informa que a prima Tereza teve um derrame e ficou com o braço paralítico. Questiona se a Violante já está em casa da Matilde e como vai a Maria com as suas cruzes do colégio. Escreve que a Lola pensa em ir a Lisboa mais a família, que a Elisa espera um bebé, e que esta semana partiram em peregrinação muitas raparigas para Roma, passando por Paris, entre elas a Luísa Isabel e a Antonieta. A carta foi escrita em papel com a parte superior rasgada. Tem envelope que se encontra bastante rasgado e com anotações, a lápis, no verso: números e uma morada que não a do destinatário. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

meu querido Irmão

Missiva escrita em duas folhas de pequena dimensão. Beatriz do Canto informa que tem mais um neto, Rodrigo, filho de Maurício. Informa das características físicas do bebé, peso e comprimento. Entre outros assuntos, desculpa-se por escrever neste tipo de folha de papel mas, ao contrário do que pensava, não tinha papel. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

[?] Bensaude Oulman

Carta dirigida a Canto da Maya por Bensaúde Oulman, no entanto não foi possível aferir o primeiro nome do remetente. Tem envelope. Documento original manuscrito em francês com título atribuído.

Deolinda

A remetente (Deolinda) informa que hoje já lhe escreveu uma carta, e que esta carta agora à noite é um desabafo de alma, referindo que não pode viver sem Canto da Maya e que sente muita a sua falta. Escreve que em Paris, ele irá encontrar muitas mulheres, mas nenhuma tão leal como ela, pedindo para que nunca a esqueça, e que sempre que for a Lisboa que a vá visitar. Refere que está muito deprimida e que pensa em morrer, mencionando que dorme com os retratos de Canto da Maya e que já duvida da sua sanidade mental. Afirma que vai morrer a amar Canto da Maya. Termina com “Aceita mil beijos e mil abraços da tua amante leal sincera que te adora e uma verdadeira amiga Deolinda”. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Ernesto

Domingos Rebelo escreve que anseia por notícias de Canto da Maya relativamente a Madrid, "do Prado de tudo o que a encontras interessante". Agradece a ilustração e os postais que lhe enviou, referindo que "a ilustração é magnifica e que os postais vieram matar-me saudades dos belos bocados que aí passei". Questiona qual a opinião do escultor sobre Esopo, Bobo de Coria, as Meninas e da Duqueza Dálba de Goya, mencionando a grandeza das obras. Refere que muito apreciou a lembrança de Canto da Maya que o veio distrair da monotonia em que vive nas Capelas. Escreve que tem trabalhado alguma coisa, mas que ainda não começou a decoração do [Marquez] porque não chegou o material, referindo que este também lhe encomendou um retrato do tio José Jácome de fotografia. Escreve que tem a cabeça a arder com projetos de quadro tudo inspirado na vida no campo, que não sendo dum carater extraordinário à primeira vista, tem a sua beleza, mencionando, que no entanto, para pôr em prática tantos projetos, necessitaria de um "certo descanso d´espirito", o que é difícil pela saúde da sua esposa, descrevendo o estado de saúde da mesma. Informa que soube pela mãe de Canta da Maya, que ele estava satisfeitíssimo e que trabalhava com um escultor de talento. Pede a Canto da Maya que trabalhe muito, pois em breve, irá ver os esforços coroados de grandes sucessos. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Erna

A remetente, Erna, , escreve que lamenta não se ter despedido de Canto da Maya, sobretudo porque ele não voltará a Lisboa, questionando-o se sempre vai estudar escultura em Paris, referindo que também tenciona ir para o estrangeiro estudar canto, mas que ainda não sabe onde, afirmando que tem muita vontade de ir para Munich ou Paris. Informa que a Dora está noiva do Sanches de Castro, referindo que os pais dela só a deixarão casar se ele deixar a aviação, e que está muito triste com a [Vitória] por esta não a visitar. Menciona ainda que hoje casou a amiga Rey Colaço com o Dr. Leonardo Castro Freire. Solicita resposta à sua carta e que Canto da Maia lhe conte o que tenciona fazer em Paris. Tem envelope. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Laureana

A remetente, Laureana, agradece as cartas de Canto da Maya e por este se lembrar das suas amigas, mesmo estando longe. Menciona que não lhe escreveu há mais tempo por não ter a certeza da sua direção, e que gostou muito de ler a última carta para a Margarida. Escreve, que se percebe, apesar dos poucos meses que Canto da Maia está em Paris, que já teve grandes emoções d'arte e ouvido magnifica música. Espera que quando ele voltar a Lisboa que elas o possam ver e pede para lhes contar tudo o que tem gozado em Paris. Refere que a Margarida de ter lhe dito que têm ouvido alguns bons concertos pela orquestra portuguesa no Teatro da República e que tem sido a música o divertimento que têm, mais os serões em casa delas, nos quais o Ernesto faz sempre imensa falta, e que falam dele por diversas vezes. Escreve que adorou o postais com as fotografias dos trabalhos dele que estão muito bem feitos. Solicita-lhe que lhe fale dos trabalhos que tem feito nas próximas cartas, pois tem muito interesse em saber os progressos dele na escultura. Informa que tem recebido notícias da Maria Luzia, e que ela está a fazer um novo tratamento ao pulmão e com muitos bons resultados. Menciona ainda, que a Joana Saldanha mandou dizer à mamã que o havia encontrado em Paris. Tem envelope. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Caro Primo

A remetente informa que envia a carta da ilha, solicitando que mande buscar umas encomendas que tem lá. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Querido Ernesto

Abordando vários outros assuntos, escreve que pintou a Beatriz em flanela lilás e dá pormenores; tem havido serões de ópera aos domingos e segundas; refere que receberá duas cartas porque tem visto anunciado nas vésperas dos da carreira. Numa 2ª folha que dentro da 1ª se encontrava, a mãe pede-lhe que conte o que faz para, assim, o seguir em espírito; e também, para o filho saber “o que se faz cá (…)”; sente um enorme prazer em receber notícias do filho não esperadas trazidas pelos vapores franceses. A carta foi escrita antes de 10 de setembro de 1913 – data da morte da Tia (Ana Leite Dias do Canto Bicudo) uma vez que esta é referida. A 2ª folha apresenta lacunas no papel – desgaste no vinco. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu Querido Ernesto

Escreve ao filho para que se alegre que vai levar a Tia a Lisboa a 11 ou 12 e que o abraça e regressa. Será um grande prazer os dias que passarem juntos e que esteve já para ir no dia 3 de fevereiro. Refere algumas verbas monetárias que pediu dinheiro à Avó para “não ter dívidas escondidas”. A carta continua com outros temas. A carta foi escrita antes de 10 de setembro de 1913 – data da morte da Tia (Ana Leite Dias do Canto Bicudo) uma vez que esta é referida. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Querido Ernesto

Escreve que se sentiu abalada pelos triunfos do filho e que sempre esperou que não fizesse apenas bonecas; e que aquele beijo que tem na sala revela muito talento; que não se canse a fazer muitas bonecas, o Pai já havia dito que paga as passagens para Paris. Diz que foi ao animatógrafo ver a Dama das Camélias com Sarah Bernard e tece algumas considerações. Informa que levou os jornais à Avó Margarida que lhe manda parabéns. Continua com outras informações. Carta escrita antes de 19 de novembro de 1915, data da morte de Margarida Leite do Canto – referida no documento. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Informações sobre valores de viagens

Carta incompleta, não apresentando nota introdutória nem de despedida. Escreve que comprou um vestido branco riscado de preto para o verão e luvas brancas. Por isso não lhe manda 1:000 rs para tomar 4 ou 5 banhos. O pai manda 8:900 (?)com a indicação discriminada de para que será a verba. O dinheiro já deveria ter ido mas o pai contava com os juros da Panificação. Dá um conjunto de informações sobre custos: quem sai da ilha no Malla Real, ida e volta, são 15 libras; quem vai com viagem de ida são 10 libras. Refere 56 mil reis (?) e que haveria de querer ir a Lisboa. No Sud Expresse, entre Lisboa e Paris, são 50 (…); e gasta 112$000 em ir a Paris e ir para a ilha no verão. Refere que é bom guardar dinheiro das estatuetas apesar de o Pai dizer que paga. Carta continua com outros assuntos. Não tem nota introdutória ou de despedida, indicando que está incompleta. Carta anterior a 16 de julho de 1921 – morte de Maria Ernestina. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Mon cher papa

No canto superior direito da primeira página está uma anotação não totalmente percetível: “24 (?)”. Tem algumas manchas de tinta azul. Documento original manuscrito em francês com título atribuído.

Meu caro Canto

O remetente escreve que desta vez não está debaixo das barricadas do mau humor, como da última vez, mencionando ainda, o muito calor que tem feito. Refere que desde o dia 28 que tem estado a gozar o convívio e o carinho da família. Escreve que em Lisboa terminou o concelheiro [Arcanio] e que fez o busto do Eça, mencionando que em Viseu ainda não fez nada, e que entregou a estatuetas e a caixa de pirogravura de Canto da Maya. Refere que este com o [Calamba] que lhe disse já ter dado ao Manta os livros. Escreve que recebeu notícias do Armando, de Rabo de Peixe em que lhe dizia que ia escrever a Canto da Maya, mencionando ainda que o Andrade lhe escreveu de [Salzburgo]. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Caro Ernesto do Canto

O remetente, começa por abordar a carta "Notas - Carta a Ernesto do Canto", que releu, tendo encontrado um forte encadeamento de ideias, referindo que começou a escrever, fechando os ouvidos para evitar o ruido vindo do mercado 2 de maio, fazendo uma analogia entre o mercado e o Parlamento. Menciona que ainda não pagou a dívida de afeto que tem para com Canto da Maya, pelas cartas, postais e estampilhas que este lhe envia. Escreve que ao reler as cartas de Canto da Maya, encontrou a resposta às suas últimas produções, pedindo permissão para dizer o que sente sobre o "menino dos patos", referindo que Canto da Maia, solicitou-lhe um nome simples e incisivo para o trabalho, e que nenhum encontrava tão filosófico e expressivo como "the strugle for life". Refere que após analisado o trabalho, entendeu este como impróprio e com um conflito entre o pensamento filosófico e a estética que em nós desperta, mencionando que a ideia é magnífica, mas que a corrente artística que deixou no barro não deixam perceber tal ideia. Continua descrevendo a obra e dá a sua opinião sobre a mesma, sugerindo a Canto da Maia que deixe de fazer potes de barro e que lute por conseguir o movimento da cena, defendendo-se da sua crítica com um novo trabalho. Escreve sobre uma ida a Nelas, descrevendo pormenorizadamente a paisagem, a Vila e os modos de vida das gentes. Descreve ainda uma carta que o deixou chocado e sem disposição para nada, relativa a uma mulher que tentou ajudar o Pai, e que por isso foi condenada pelos irmãos. Informa ainda que tem recebido notícias dos Andrades e [mestre piloto], que estão muito entusiasmados em Paris, mas algo cansados. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Canto:

O remente escreve que regressou há 4 dias a Lisboa onde encontrou de braços aberto na estação o Armando Cortes Rodrigues a quem questionou sobre as suas novas pesquisas, referindo que este lhe informou do falecimento da tia de Canto da Maia e do grave estado de saúde do irmão. Envia o seu lamento e pesar a Canto da Maya e aos seus pais. Solicita notícias sobre o estado de saúde do irmão e envia beijos para a Beatriz. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Ernesto do Canto

O remetente informa que escreve em vésperas da partida do vapor, mencionando que recebeu o postal e o pedido de Canto da Maia: "a machina de afiar laminas gillete". Questiona Canto da Maya se soube do escândalo que alguns pintores "d'aqui" fizeram com a Exposição de Ponta Delgada, referindo que "a fala de chá e de dinheiro traz sempre d'estas figuras de urso", questionando-o se sabe lhe dizer mais alguma coisa sobre o ocorrido. Escreve que envia a apólice do seguro do gesso e questiona se o friso está muito adiantado. Solicita noticias e pede que Canto da Maya, não se feche no silêncio. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu Caro Ernesto

O remetente aborda a última carta de Canto da Maya, a qual lhe deu esperança da vinda deste para Viseu. Escreve um parágrafo quase em forma poética sobre o seu sentimento perante a possível vinda de Canto da Maya. Solicita-lhe que faça as malas e que ajude a fazer as da [Madame][Descheues]. Solicita a vinda de Canto da Maya e refere que a sua ida a Lisboa depende do regresso da sua prima e de questões profissionais. Demonstra pesar em não o poder receber e à sua companheira em sua casa, por questões cristãs e princípios de educação, por estes não serem oficialmente marido e mulher. Propõe-se a auxiliar na aquisição de mobiliário, mas em relação à casa, entende ser melhor que seja o próprio Canto da Maya a decidir. Informa que um modelo de rapaz é provável que se arranje, como também um modelo de rapariga. Aconselha uma rapariga para o trabalho e refere que o total das despesas, não será mais do que dois mil reis diários. Informa ainda que dispõe de um fogão a petróleo que coloca à disposição de Canto da Maya (provavelmente para algum trabalho) e que em Viseu não há bom barro para modelar. Informa que o seu atelier não oferece condições para trabalhar escultura e, se não fosse isso, o convidaria. Insiste novamente para que o escultor vá para Viseu, que necessita do amigo para trabalhar e que precisa que Canto da Maya faça a decoração de [umas portas] no átrio. Menciona que já existe um artista refugiado em Viseu; Frederico [Abecasis]; escultor. Informa que não conseguiu obter o [afiador e caudas] e por isso não enviou a encomenda. Termina referindo estar adoentado e com muito trabalho. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Ernesto do Canto

O remetente aborda a ida de Canto da Maya a Viseu, informando que anunciou à sua mãe que este viria acompanhado por [Madame][Descheues] indicando esta como esposa de Canto da Maya. Informa que consegui arranjar uma garagem que irá servir de atelier a Canto da Maya, numa rua central, no rés do chão de uma casa antiga portuguesa, onde reside o conservador do museu regional. Descreve a loja como magnífica, com boa luz e com água canalizada, ao preço de três escudos por mês. Informa que remete um postal onde é possível vislumbrar a casa e o futuro atelier. Confirma que recebeu o vale enviado pelo escultor no valor de quatro mil reis. Insiste na ida de Canto da Maya para Viseu, e solicitada uma data para que lhe possa arranjar uma casa. Refere ainda que se for no inverno, vai ver uma estação "fecunda d´impressões e vida artística". O postal que o remetente informa que junto envia, não se encontra. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Oliver Frick

Carta em francês remetida a partir de Londres e assinada Oliver Frick. No verso tem anotações, a lápis, de números e um esboço de planta de edifício - 2 pisos. Documento original manuscrito em francês. Título atribuído.

Mon três Chéri

Carta em francês remetida a partir de Bolonha. É datilografada com anotações manuscritas. Documento original datilografado em francês. Título atribuído.

Querido Ernesto

Escreve que não imagina o prazer que tiveram em o saber de boa saúde e em ter sido tão bem recebido pelos colegas. Afirma que o Norberto contou ao Pae o que Canto da Maya tinha passado e que lhe parece ser um bom rapaz e muito amigo dele. Afirma que está bem, mas que tem muitas saudades do “meu bom Ernesto”. Nunca julgou serem tão amigos, o que não admira porque foram criados juntos. Ficou admirada por ter feito uma viagem tão grande, parecendo-lhe que ia diretamente para Paris. A carta continua com outras considerações, agradecendo o bebé que está lindo e que todos o acham encantador. Informa que em breve terá notícias a dar-lhe. Termina pedindo-lhe que aceite mil saudades. Assina “Victoria”. Documento original manuscrito em português. Título atribuído.

Caro Ernesto

Victoria escreve a Ernesto dizem que está admirada com o silêncio dele. Deseja-lhe festas muito felizes. Pergunta-lhe o que tem feito. Das pessoas dele conhecidas não há novidades a dar-lhe. Entre outras notas, pede-lhe para que não esqueça de mandar notícias. O cartão-postal tem a representação de uma mulher com rosas brancas nas mãos. Uma parte do cartão é de leitura mais difícil devido à escrita cruzada e sobreposta. Documento original manuscrito em português. Título atribuído.

Monsieur Ernesto do Canto

Cartão-postal com representação da Avenue République, França. A mensagem está escrita acima da imagem. Documento original manuscrito em francês. Título atribuído.

Monsieur Ernesto do Canto

Cartão-postal com mensagem em francês com a representação de duas imagens (uma em pormenor) de uma paisagem com casa. As imagens estão dentro de cercadura com flores. Documento original manuscrito em francês. Título atribuído.

Cher Monsieur

Cartão remetido, com mensagem escrita em francês, a partir de Paris. Documento original manuscrito. Título atribuído.

Mon cher Amie

Carta, em francês, remetida de Nova Iorque. Documento original manuscrito. Título atribuído.

Mon cher

Carta, em francês, remetida de Nova Iorque. Tem envelope. Documento original manuscrito. Título atribuído.

Meu caro amigo Ernesto

O remetente escreve que tinha muito a dizer-lhe, mas que não tem tempo, e que tem muita necessidade das cópias dos retratos que lhe ofereceu. Solicita que Canto da Maia lhe arranje um fotógrafo. Documento original manuscrito em português. Título atribuído.

Meu Querido Ernesto

Entre vários assuntos, escreve que tem saudades e relembra as férias, os convívios e os serões e que agora está tudo muito diferente com a morte da Delfina; envia dinheiro para as três estatuetas e enviará mais. Documento original manuscrito em português. Título atribuído.

Meu Caro Ernesto do Canto

[Lisboa] Refere que a demora em escrever não se deve à falta de lembrança ou vontade. Acrescenta que a constituição predial leva a "trabalhos forçados" e daí a falta de tempo. Escreve sobre as impressões que Canto da Maya teve de Paris, concordando com este e tecendo algumas considerações. Continua com outros assuntos. Documento original manuscrito em português. Título atribuído.

Correspondência remetida

Conjunto de documentos constituído, essencialmente, por rascunhos de correspondência a remeter. Há um documento composto com três missivas cujos destinatários não foram identificados.

Meu bom Cortes

É uma carta cuja primeira frase é muito idêntica à da carta rascunho PT/MCM/ECM/A/2-2/1/3: “É apressadamente agora de manhã enquanto não chegou o modelo que lhe venho dizer coisas.” A carta continua com algumas considerações, mostrando-se incompleta. Está escrita numa pequena folha rasgada. Documento original manuscrito em português. Título atribuído.

Meus caros Pais

Canto da Maya escreve sobre o Grand Theatre onde representaram 3 peças de um escritor suíço [Marhart] que é diretor em Paris do jornal [Mercure], e descreve as mesmas. Refere que o Mário não apreciou tanto por não entender tão bem o francês. Menciona que o Mário lhe tirou um retrato que junto irá enviar. Informa que na segunda-feira, 27, assistiu a uma conferência sobre arte grega e da renascença, no Instituto F.F. Rousseau, referindo que agora às segundas-feiras, enquanto os pais estiverem a jantar, que se lembrem que ele irá estará ouvindo falar sobre arte. Não apresenta nota de despedida e será um rascunho. No canto superior direito da primeira página, há anotações de alguns bens alimentares com o valor à frente. Papel com várias lacunas.
Documento original manuscrito em português. Título atribuído.

Meu bom Norberto

Rascunho em que Canto da Maya escreve que no último paquete não recebeu qualquer carta dele, referindo que, porém, não se admirou, pois recordou-se que ele deveria ter o exame de álgebra. Refere que chove fortemente lá fora, mas que se encontra confortavelmente no seu atelier, deliciando-se. Espera que Norberto Côrreia já esteja livre do exame e, que as "malditas cólicas" o deixem. Espera por notícias a 24, referindo que se encontra bem e que tem trabalhado. No verso está, também, um rascunho para "Caro Primo": Canto da Maya escreve que o rapaz portador destas palavras e carta, é um rapaz que esteve em casa da tia Annica [Ana Leite do Canto] até ela falecer, referindo que este foi sempre um bom criado, mas que, agora está desempregado, e por isso o recomenda ao primo, que talvez necessite de alguém para algum serviço. Documento original manuscrito em português. Título atribuído.

Índice

Agenda de contatos, com folhas com índice alfabético.
Documento original manuscrito em português. Título atribuído.

Álbum

Álbum, criado na origem, com postais ilustrados, sem correspondentes, com tema variados relacionados com a Ilha de São Miguel (Açores). Encontram-se paisagens, costumes, pessoas tais como Hintze Ribeiro, Teófilo Braga, Manuel de Arriaga e Antero de Quental. Está em razoável estado de conservação, mas com algumas manchas e desgaste na capa a lombada está, também, um pouco frágil.
Documento original impresso.

Álbum de Collections

Álbum constituído, na origem, por vários recortes de publicações, apenas com as imagens e eventualmente com as pequenas legendas que as acompanham, com temas variados como reproduções de obras de arte e representações de pessoas e paisagens. As imagens são a preto e branco. Dentro deste álbum estão três postais sobre Londres.
Documentos originais e impressos em francês. Título formal.

Illustração Portugueza

Número 210 da Illustração Portugueza, edição semanal do jornal “O Século”. Tem artigos sobre temas variados como a caça à baleia nos Açores, sobre uma peça se Augusto de Castro (“A Vertigem”), a construção de um paquete, as caçadas da Princesa Helena de Orleans, um artigo sobre a sepsia – sobre a evolução da preparação de medicação, entre anúncios e factos. A capa tem uma reprodução fotográfica de Maria Carlota Navarro.
Documento original impresso em português. Título formal.

O Occidente

Número 1242 de “O Occidente”, Revista Illustrada de Portugal e do Estrangeiro. A capa tem uma reprodução de uma tela de Carlos Reis (“Raios de Sol Ardente”) e com o título “10ª Exposição da Sociedade Nacional de Belas Artes”. Tem texto sobre a exposição de pintura de Carlos Reis, imagens da Exposição dos Humoristas Portugueses e da recita dos Quintanistas de Direito da Universidade de Coimbra, entre outros artigos e publicidade.
Documento original impresso em português. Título formal.

Arte

Número 2, ano 1, do Boletim da Sociedade Nacional de Belas Artes intitulado “Arte”. Na página 13 há a representação de uma escultura de Canto da Maya acompanhada pelo artigo “Obras Notáveis do Património Artístico Nacional”. Entre outros, há artigos sobre a XVI Exposição Anual de Miniatura, aguarela, Gouache, Pastel, Desenho, Caricatura, Gravura; 10ª Exposição do grupo de Artistas Portugueses e 3ª Exposição do Grupo Português de Aguarelistas.
Documento original impresso em português.

Donations Recentes

Catálogo de uma exposição coletiva no Museu Municiapal Bouloghe-Billancourt. As páginas 11 e 12 são dedicadas a Canto da Maya – nota biográfica e fotografias de peças. Desta exposição fizeram parte trabalhos de Henry Arnold, Joseph Bernard, Max Blondat, Jean-Rene Carriere entre outros.
Documento original impresso em francês. Título formal.

Portuguez Francez

Pequeno dicionário de português-francês que se encontrada danificado, tendo a lombada descolada e lacunas nas primeiras folhas.
Documento original impresso. Título formal.

Programas de peças de teatro e outros eventos

Unidade de instalação [com título atribuído] criada na origem que contém vários programas de peças de teatro e outros eventos, que na sua maior parte tiveram lugar no Teatro Micaelense, e com outros quatro documentos que não fazem parte desta tipologia. Os documentos estão apresentados seguindo a ordem cronológica dos eventos:

• La Revoltosa, Recita Extraordinaria, Companhia Hespanhola de Opera e Zarzuela, Theatro Michaelense, 28 de Dezembro de 1901
• El Dominó Azul, , Companhia Hespanhola de Opera e Zarzuela, Theatro Michaelense, 5 de Fevereiro de 1902
• Cinematographo-Biographo Maravilhosainvenção do grande engenheiro electricista EDISON, Teatro Michaelense, 19 d’Abril de 1902
• Sarau Litterario-Musical, Anthero de Quental, Anniversario do Nascimento do Poeta, Teatro Michaelense, 18 de Abril de 1903
• 1.º Concerto BENSAUDE, Teatro Michaelense, 28 de Abril de 1903
• 2.º Concerto BENSAUDE, Teatro Michaelense, 30 de Abril de 1903 (três exemplares)
• Tournée aos Açores e Madeira, Companhia Dramatica Composta de Artistas da Companhia ROSAS E BRAZÃO, Ponta Delgada, 26 de Maio de 1903
• M.R ALPHONSE, Companhia Dramatica Portuguêsa, A 1ª representação da peça em 3 actos, de Alexandre Dumas, filho, Teatro Michaelense, 30 de Maio de 1903 + COMMISSARIO BOM RAPAZ, A 1ª representação da comedia em 1 acto de J. Courtline, arranjo de Camara Lima
• CASA de BONECA, Companhia Dramatica Portuguêsa, A 1ª representação da peça em 3 actos, de Henri Ibsen, Teatro Michaelense, 31 de Maio de 1903
• DEMI_MONDE, Festa Artistica da actriz Lucinda Simões, A 1ª representação da peça em 5 actos, original de Alexandre Dumas, filho, Companhia Dramatica Portuguêsa, Teatro Michaelense, 1 de junho de 1903
• BLANCHETTE, Festa Artistica do actor Christiano de Sousa, Ultima e definitiva representação da peça em 3 actos de Brieux, Companhia Dramatica Portuguêsa, Teatro Michaelense, 3 de junho de 1903
• O AMIGO DAS MULHERES, Única representação da peça em 5 actos de Alexandre Dumas, filho, Companhia Dramatica Portuguêsa, Teatro Michaelense, 4 de Junho de 1903
• A Vida de um rapaz pobre, ÚNICA REPRESENTAÇÃO da peça em 5 actos e 7 quadros, original de Octavio Fenillet, Companhia Dramatica Portuguêsa, Teatro Michaelense, 2 de junho de 1903
• A Vida de um rapaz pobre, a pedido, ÚNICA REPRESENTAÇÃO da peça em 5 actos e 7 quadros, original de Octavio Fenillet, Companhia Dramatica Portuguêsa, Teatro Michaelense, 7 de junho de 1903
• A LAGARTIXA, Ultimo Espectaculo e Despedida da Companhia, Companhia Dramatica Portuguêsa, Teatro Michaelense, 8 de junho de 1903
• A Morgadinha de Valflôr, A primeira representação do drama em 5 actos, original do falecido escriptor Manoel Pinheiro Chagas, Companhia Dramatica Portugueza, Teatro Michaelense, 28 de janeiro de 1904
• Carnaval de 1904, Teatro Michaelense , 3 Grandiosos espectaculos de gargalhada, A Voz do Sangue, 14 de Fevereiro de 1904 e Á Procura do Badalo; À Pesca d’Um Marido, 15 de Fevereiro e O Genro do Caetano; O Genro do Caetano, 2ª representação, e a 3ª representação da Revista À Procura do Badalo, 16 de Fevereiro
• 2.º Concerto BENSAUDE, Teatro Michaelense, 7 de Abril de 1904
• Verdadeiro Acontecimento Theatral, Grandioso Espectaculo para todos os gostosa apresentação da COMPANHIA DE VARIEDADES de que faz parte a celebridade universal TORESKY, Teatro Michaelense. 12 de Novembro de 1904
• RECITA ANNUAL DOS ESTUDANTES do Lyceu Central, revertendo o seu producto a favor do monumento do GRANDE POETA Anthero de Quental, Teatro Michaelense, 2 de Dezembro de 1902
• TOURNÉE ANGELA PINTO, 5-A RECITA, 30 de Junho de 1905, A AVENTUREIRA + AMOR DE PERDIÇÃO, Domingo, 2, COMPANHIA DRAMATICA PORTUGUEZA, Teatro Michaelense
• TOURNÉE ANGELA PINTO, 6-A RECITA, AMOR DE PERDIÇÃO, COMPANHIA DRAMATICA PORTUGUEZA, Teatro Michaelense, 2 de Julho de 1905
• FESTA ESCOLAR dada pelas alumnas do Collegio de A. Francisco Xavier em Ponta Delgada, 1906
• PERALTAS E SECIAS, RÉCITA DE AMADORES em benefício das Associações de caridade de O SECULO XX e COZINHA ECONOMICA, Teatro Michaelense, 20 de Janeiro de 1906 (dois exemplares)
• CARNAVAL DE 1906, Grande Batalha de Flores, Campo de S. Francisco, DECRETO, 24 de Fevereiro de 1906 (não é programa de evento)
• A BONECA, Estreia da Companhia d’Opera Comica do Theatro D. Amelia, Teatro Michaelense, 26 de Maio de 1906 + A PERCICHOLE, 27 de Maio de 1906
• A PERICHOLE, da Companhia d’Opera Comica do Theatro D. Amelia, Teatro Michaelense, 27 de Maio de 1906 + OS 28 DIAS DE CLARINHA, a representação da opereta em 3 actos, 28 de Maio de 1906
• OS 28 DIAS DE CLARINHA, a representação da opereta em 3 actos de Raymund E Mars, musica de Victor Roger, Companhia d’Opera Comica do Theatro D. Amelia, Teatro Michaelense, 28 de Maio de 1906 + O SOLAR DOS BARRIGAS, 30 de Maio de 1906
• O SOLAR DOS BARRIGAS, Companhia d’Opera Comica do Theatro D. Amelia, Teatro Michaelense, 30 de Maio de 1906 + A CIGARRA, 31 de Maio de 1906 (dois exemplares)
• A CIGARRA, Companhia d’Opera Comica do Theatro D. Amelia, Teatro Michaelense, 31 de Maio de 1906 + A GRÃ-DUQUEZA, 2 de Junho de 1906 (dois exemplares)
• A GRÃ-DUQUEZA de GEROLSTEIN, Companhia d’Opera Comica do Theatro D. Amelia, Teatro Michaelense, 2 de Junho de 1906 + A BONECA, 3 de Junho de 1906 (dois exemplares)
• A BONECA, Companhia d’Opera Comica do Theatro D. Amelia, Teatro Michaelense, 3 de Junho de 1906 + TIM-TIM POR TIM-TIM, 4 de Junho de 1906 (dois exemplares)
• DECLARAÇÃO (documento com 3 versos e assinado com as iniciais impressas F.C e S.B., 6-6-906) – não é programa de evento.
• TIÇÃO NEGRO, Companhia d’Opera Comica do Theatro D. Amelia, Teatro Michaelense, 7 de Junho de 1906 + DRAGÕES DE VILLARS, 9 de Junho de 1906
• O PERIQUITO, Companhia d’Opera Comica do Theatro D. Amelia, Teatro Michaelense, 11 de Junho de 1906 + O SOLLAR DAS BARRIGAS, 13 de Junho de 1906
• BARBA AZUL, Companhia d’Opera Comica do Theatro D. Amelia, Teatro Michaelense, 14 de Junho de 1906 + Dragões de Villars, 15 de junho
• A CASTELLÃ, Estrêa da Companhia Dramatica, Theatro Michaelense, 9 de Janeiro de 1907
• O ADVERSÁRIO, Theatro Michaelense, 12 de Janeiro de 1907
• OS CASTROS, A representação da comedia em 4 actos, original do festejado escriptor Marcelino Mesquita, Theatro Michaelense, 13 de Janeiro de 1907 (dois exemplares)
• A CEIA DOS CARDEAES, Theatro Michaelense, 15 de Janeiro de 1907 + O PASSADIÇO. Ordem dos espectaculo – 1.º Passadiço, 2.º Ceia dos Cardeaes
• O GENRO DO SR. POIRIER, Companhia Dramatica Portugueza, Theatro Michaelense, 17 de Janeiro de 1907
• AMOR FUNESTO, Companhia Dramatica Portugueza, Theatro Michaelense , 20 de Janeiro de 1907
• OS VELHOS, Companhia Dramatica Portugueza, Theatro Michaelense, 22 de Janeiro de 1907 (dois exemplares)
• AS CALÇAS DA AUCTORIDADE, Companhia Dramatica Portugueza, Theatro Michaelense, 24 de Janeiro de 1907
• ARTE DE AGRADAR e A Ceia dos Cardeaes, Festa artística do actor Lagos dedicada à Academia de Ponta Delgada, Companhia Dramatica Portugueza, Theatro Michaelense, 20 de fevereiro de 1907 + Amanhã 5.ª feira 21 de fevereiro Festa artistica de Elvira de Jesus e Ferreira d’Almeida dedicada ao ex.mo sr. Commendador João de Mello Abreu
• SAPHO, Ultimo espectaculo, despedida da companhia, grandiosa festa em homenagem á distincta actriz Maria Falcão, Companhia Dramatica Portugueza, Theatro Michaelense, 24 de fevereiro de 1907 (dois exemplares)
• HYMNO do talentoso causídico Ex.mo Sr. Dr. José Bruno Tavares Carreiro oferecido pela filarmónica UNIÃO FRATERNAL ((não é programa de evento)
• TIM-TIM POR TIM-TIM, Companhia d’Opera Comica do Theatro D. Amelia, Theatro Michaelense, 4 de Junho (???)
• SECÇÃO telegraphica, Serviço especial d’A REPUBLICA (não é programa de evento).

Retrato de família

Retrato de família de Canto da Maya, pais, irmãs, 1ª mulher e filhos deste casamento. Atrás em pé: Beatriz do Canto (1902/1988) e o irmão, Canto da Maya. Em 1º plano a partir da esquerda:
Maria Ernestina do Canto de Faria e Maya (1866/1921), Júlio do Canto (1920/1940), Violante do Canto (n. 1923) ao colo da mãe, Matilde Canto da Maya (1887/1960) e António Cardoso Machado de Faria e Maya (1853/1930).
Título atribuído.

Ernesto Caro

Escreve sobre Gibraltar e Lisboa e do pagamento de uma passagem e de outros assuntos. Assina “tua Tia e [amiga?] dedicadíssima Annica. Uma das páginas está rasgada verticalmente, dificultando a leitura do conteúdo. Tem envelope também rasgado. Não está datada. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

António Cardoso Machado de Faria e Maya

Conjunto de cartas remetidas pelo pai ao escultor, falando de mesadas, notícias de amigos, felicidades pelo aniversário e pelo triunfo numa exposição. António Cardoso Machado de Faria e Maya nasceu em 1853 no dia 31 de outubro.

Meu querido Ernesto

Carta em que fala da ida para a cidade para preparar a viagem a viagem a Marselha em dezembro. Informa que escreveu uma carta a […] a pedir informações sobre hotéis e colégios em França. Fala de uma ida à “areia” e das condições atmosféricas que estavam. Refere que engordou um pouco e que mudou o penteado (para além de outros assuntos. Na 1ª página, no canto superior esquerdo indica que havia escrito mais uma folha mas, que com a mudança, a perdeu e não teve tempo para a reescrever. Tem envelope com anotação manuscrita no verso: “Beatriz e Tia Anica?”. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu querido Irmão

Gostou de ter notícias do irmão e que soube pela Papis que esta tinha gostado de estar com a Vera e a Maria e que estavam todos bem. Gostou de saber que Canto da Maya está satisfeito com os trabalhos e que o sogro da Papis afirma que o seu trabalho é muito apreciado. Entre outros assuntos, Beatriz refere ao irmão que vai partir para a Lomba da Maia onde passará o inverno. No Topo da 1ª página há uma anotação referente à preparação da partida e despede-se “dos três”. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meus queridos

Carta dirigida ao irmão mas, também, à cunhada Vera. A remetente escreve que ficou emocionada por saber que o Ernesto foi à missa, e promete enviar um livro de missa para que o irmão entenda melhor o papel de padre. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu querido Irmão

A remetente agradece as compras que o irmão fez para a sobrinha e informa que amanhã irá ver a fotografia tirada a ele pelo Roberto e pela Maria no clube. Refere que não tem parado pois a [Papis] está a tirar um curso de escrituração comercial e que tem sempre que estudar e, por isso, o arranjo da casa fica para a mamã. Menciona que está a ler um livro e jornais franceses e que tem pena de como o campo está a evoluir com máquinas. Informa que a Lili teve um bebé e que está na casa do Barão da Fajã de Baixo. Questiona se Canto da Maya sempre virá à ilha e se está bem do estômago. Questiona ainda se o pequeno da Violante se está criando bem e solicita opinião sobre o jazigo, nomeadamente se Canto da Maya considera melhor vender o mármore e substituir por paredes e telhado. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu querido Irmão

Beatriz do Canto escreve que está satisfeita em ter notícias de Canto da Maya e que fica muito contente em saber que as coisas correm pelo melhor com a Violante. Menciona que gostou muito do seu futuro genro e refere que o Franz está na ilha com a mulher e filha e escreve relativamente a questões da ornamentação da casa. Menciona que começou a ler o livro que Canto da Maya lhe enviou e refere que o jornal "O Debate", é o que mais interesse tem, pois aborda várias temáticas como arte, literatura, música, etc. Faz mais algumas referências sobre a saúde de alguns membros da família e despede-se com saudades para todos. A carta está escrita a lápis e a esferográfica. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu querido Ernesto

A remetente escreve sobre uma confusão com as cartas de Canto da Maya, referindo que a vida já tem tantos aborrecimentos e que ainda tem que se aborrecer com questões de empregados comuns. Refere que nesta festa [natal], tem pensado muito em todos, e que pede a Deus todos os dias pela Violante, mencionando que Canto da Maya deveria pedir à Maria, como é pequena, para rezar pela Violante. Questiona-o sobre quando ele irá aos Açores, e que achou piada ao Maurício, por este escrever uma carta ao tio informando que irá casar em julho e que gostaria muito que ele lá estivesse. Informa que em julho irá estar lá em baixo [Ponta Delgada] e que em agosto vão para as Furnas, referindo ainda, que este ano não vão a Lisboa porque o Eugénio e o Maurício estão ficando melhor, e que precisam de continuar com as suas dietas, para além de que o casamento do Maurício acarreta muitas despesas. Escreve que eles [Maurício e esposa] irão viver para as furnas e que ele [Maurício] irá para a Lomba da Maia continuar os trabalhos, mencionando ainda, que os bezerros continuam a morrer e que vão tentar outro tipo de alimentação. Informa que os terrenos na Lomba da Maia estão ótimos e que fazem uma linda propriedade, e que irá juntar plantas raras dos jardins antigos para colocar numa mata que fica no começo das outras, tendo estado a procurar eucaliptos. Faz ainda referência a dois livros que está a ler. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

"[...] não temos separão [...]"

A remetente aborda a saúde de Canto da Maya aconselhando-o a descansar depois das refeições, pois tem que estar forte para a mulher e filhas, referindo que a [Papis] andava muito cansada e que o médico lhe recomendou descanso e umas injeções. Menciona um tapete que fez e pela qual foi muito elogiada, enumerando algumas das pessoas que a elogiaram, como o Dr. Vieira e a Izabel Fonte Bela, entre outros. Carta incompleta, começando na folha II. Tem uma mancha de tinta vermelha. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

meu querido Irmão

A remetente dá os parabéns a Canto da Maya por este ter sido avô e por tudo ter corrido bem, referindo que lhe faz confusão ver-se no papel de tia-avó. Menciona que na Lomba da Maia ocupa-se das galinhas e da horta, alimentando os pintos de farinha de peixe feita com osso de baleia para que estes fiquem fortes. Informa que a mãe da Gilda Montalverne faleceu bem. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

C. Andrade

O remetente (C. Andrade – não foi aferido o primeiro nome) mostra-se fiel ao compromisso e escreve pela 2ª vez a Canto da Maia. Informa que tem visto muito, mas que já sente saudades de Lisboa, referindo: "isto são mais as boas do que as broas e Lisboa não é tão má como cremos". Menciona ainda que: "os homens não têm juízo e principalmente dinheiro". O cartão-postal foi remetido de Paris e retrata uma escultura de Paul de Vigne do Museu de Bruxelas. O cartão apresenta lacunas e, por isso, não é possível identificar corretamente o nome da obra. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Cher Canto

Carta remetida de Génova. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Homenagem ao Presidente Direção do Club Michaelense

Comunicação recebida do Club Michaelense a informar da homenagem, sob forma de baile e promovida pela Comissão de Sócios, ao Presidente da Direção daquela Instituição, o Sr. Filomeno Bicudo. Documento original datilografado em português.

Dear Friend

Carta remetida da Califórnia. Espera que estas poucas linhas o encontrem bem de saúde, tal como os pais. Entre outros assuntos, agradece a amável lembrança. Tem envelope. Documento original manuscrito em inglês com título atribuído.

Caro Menino

A remetente pede desculpa por não ter dado resposta à carta por não ter quem a escrevesse. Refere que a família não teve muito prejuízo e que ninguém morreu, podendo dar-se por felizes e que nunca imaginaram que São Francisco ficasse reduzida a cinzas, referindo que dói de ver e mencionando que se contar o que viu que ele nem vai acreditar. Faz uma descrição das pessoas ao frio, a passar fome e sede, tendo que esperar horas na fila para obter a sua ração. Diz que ficou de rastos e que nunca mais lá regressou. Solicita que recomende à sua mãe e que lhe dê resposta se recebeu os bilhetes. Deseja que a família de Canto da Maya esteja toda de saúde, que tenham umas festas felizes e que Canto da Maya seja diligente com os seus estudos. Está assinada por Mrs. M. F. Teixeira. Tem envelope. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Maria

Tendo como remetente “Maria”, são dois cartões-postais.
Título atribuído.

Meu Querido Ernesto

Escreve que o filho nunca a informal se tinha recebido a lanterna, as bananas e o dinheiro que lhe havia dado para as despesas. Havia, no seguimento desta frase, uma nota em destaque dentro de um retângulo: “Margarida não está de esperanças”. Entre outros assuntos, espera o retrato que tiraram juntos e que já encontrou o mel, que é muito bom, no Travassos (?); o que deseja é o café de uma loja abaixo dos Armazéns do Chiado, ainda abaixo do elevador. E pede que lhe traga um sabonete, referindo-se ainda a chapéus. Vai enviar dinheiro para acabar o chapéu e para a ajuda do vestido de seda. Escreve que envia uma carta, juntamente com esta, para que a entregue à Tia e que gostou muito dos quadros do pintor João Cabral. A carta foi escrita antes de 10 de setembro de 1913 – data da morte da Tia (Ana Leite Dias do Canto Bicudo) uma vez que esta é referida. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu Caro Ernesto

Escreve sobre elogios ao trabalho do filho em Portugal lidos por José Mª da Câmara e que lhos transmitiu. Afirma que, como mãe babosa, já sabia do que valia mas que gosta que os outros saibam. Fala que já sabe dos problemas que a Tia com a costureira para ir para a Ilha e que foi melhor não se ter concretizado tal intenção. Isto porque dias pessoas nervosas brigam e na ilha não se dão criadas de Lisboa e que de nada serviram os sermões da Tia; afirma que lá esteve mas que não quis fazer sermões. Diz que a Mãe e família são seres à parte e que não se devem misturar com outras criaturas, fazendo a ressalva que isto não é soberba e que a Tia foi levada pelo bom coração e que ficou admirada, depois, por não encontrar tanta pureza quanto imaginava. A carta continua com vários assuntos, entre os quais, a filha Beatriz e que deseja que Ernesto tenha sempre uma conversa […]. Não só agora que é pequena mas, também, depois de grande e que tudo o que ele fizer ou disserem diante dela é um oráculo. Reconhece que a filha não é muito inclinada à religião e que tem espírito de análise mas que deseja que solteira, casada ou viúva seja uma mulher séria. A carta foi escrita antes de 10 de setembro de 1913 – data da morte da Tia (Ana Leite Dias do Canto Bicudo) uma vez que esta é referida. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Sugestões de exposição de peças

Ao longo da carta dá notícias da Tia Annica, Helena e do Carmo e Beatriz. Escreve que gostou muito de ver as estatuetas e sugere perguntar a D. Mª Augusta Bordallo Pinheiro para as colocar na exposição; se as vendesse colocava mais com o preço e o nome. Refere que na Illustração Portugueza é costume haver exposições de pintura; e que o Campos Lima poderia pedir ao Século para aceitarem as caricaturas com a pintura. Refere que na Bordallo vão pessoas ricas e que lá teria uma boa madrinha. A carta parece incompleta, não apresentando nota introdutória ou final de despedida. A carta foi escrita antes de 10 de setembro de 1913 – data da morte da Tia (Ana Leite Dias do Canto Bicudo) uma vez que esta é referida. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Querido Ernesto

Escreve que envia dinheiro, pela Mª Hortência indicando as verbas. Há de ir mais de outras vez; o Pai estava zangado quando pediu. A carta continua com notícias de várias senhoras como a D. Mª Botelho, D. Ermelinda Gago ou D. Maria Botelho. Assina “Tua affectuosa Ernestina // Todos (??) saudades. Carta anterior a 16 de julho de 1921 – morte de Maria Ernestina. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Mon Cher Papa

Apesar de carta estar escrita em francês, despede- em português com “Saudades”. No canto superior direito da primeira página está uma anotação não totalmente percetível: “19 (?)”. Tem algumas manchas de tinta azul. Documento original manuscrito em francês com título atribuído.

Meu caro Canto

O remetente escreve que anseia por notícias dele, desejando saber se fez boa viagem, bem como a Mãe, Pai e Irmã. Refere que lhe foi impossível ir dar-lhe um abraço, pois os seus incómodos agravaram-se e teve que partir para Viseu, mencionando ainda que "esmagado pelo soffrimento, assim ganhava mais dôres e perdia o trabalho accumulado d'um anno". Escreve que as dores continuaram e que enviou um telegrama ao Mestre Monteiro, questionando se poderia ainda fazer o exame, ao que este respondeu afirmativamente, referindo no entanto que não poderia ir além do dia 12 de agosto, tendo assim partido para Lisboa e feito o exame, mesmo doente, e que o Mestre Monteiro ao ver o seu trabalho, disse: "A planta não me desagrada, está muito bem para começar". Escreve que está hospedado na Pensão da Glória em Lisboa, e que tem posto grande entusiasmo "neste trabalho" e "muito da minha alma". Refere que no mesmo correio remete um número da "Lanterna Illustrada", onde lhes fazem referência. Menciona que eles têm almas irmãs, havendo só uma diferença entre eles, "a altura da sua techinca que vae muitos metros acima da minha..." Informa que disse ao Armando para lhe remeter as impressões que salvam a primeira exposição dele. Escreve que vai partir para Espinho e que tem reservado para Canto da Maya uma "Vertigem", para ele levar quando lá passar a caminho de Paris. Faz referência a um postal que recebeu de um artista de Viseu, que lhe enviou um postal, referindo o que este lhe disse e menciona que o Armando Cortes Rodrigues fará amanhã o último exame, tendo estado bem em todos eles. Em Post Scriptum (P.S.) informa que o certificado de Canto da Maia não irá hoje porque ainda não está passado, e que na Escola de Belas Artes ouviu uma das maiores heresias que já escutou, dita por Zé Urbano: "De todas as artes, a uma que se vão inspirar na Natureza é a architectura." Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Ernesto do Canto

O remetente escreve que jubilou com a carta e com a notícia de Canto da Maya e enaltece o trabalho deste. Refere que viu as Aguiares no Nacional onde assistiu à Italia Vitaliani, descrevendo a arte e o talento da mesma, mencionando que se encontrou com ela no camarim e que expôs o mandatum de Canto da Maia de forma clara. Refere que ela lhe falou de Canto da Maya com grande interesse e que indicou que seria melhor remeter as estatuetas para o Porto, onde iria permanecer até 30 de novembro, mencionando, porém, que se viu obrigado a nova combinação, visto que um dia depois do encontro é que recebeu a carta de Canto da Maya. Escreve que no último espetáculo, a 12, quando estava na bilheteira para adquirir o bilhete, foi abordado por A. Guimarães que não o deixou comprar bilhete, convidando-o a jantar com outros humoristas em dois camarotes expressamente marcados pela Vitaliani para os artistas, referindo que esperava dever-lhes o favor de uns ligeiros croquis para um álbum à semelhança do que o Canto da Maya lhe mostrou, mencionando que ficou perturbado e enraivecido e que registou as "figuras d´urso" de alguns humoristas. Informa que falou novamente com a Vitaliani relativamente ao envio das estatuetas e que reportou as boas novas da última carta de Canto da Maya, escrevendo que Vitaliana e o marido lhe ofereceram-lhe fotografias e um álbum como o de Canto da Maya. Informa que enviou um trabalho para o "Ocidente" e que tem feito outros trabalhos. Escreve ainda que a Italia Vitaliani lhe disse que o melhor seria enviar para São Miguel as estatuetas. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Ernesto do Canto

O remetente informa que recebeu a carta de Canto da Maya, a qual muito lhe satisfez, referindo que é lhe difícil na sua resposta, não fazer uso à sua personalidade crítica. Refere que nas descrições da imagem pela Itália sobre Vicenza e Verona, que Canto da Maya exalta tanto as obras arquitetónicas da renascença pura, que ele chega a temer alimentar no seu espírito a irreverência que tem pela época histórica chamada renascença, mencionando que, por certo, as obras que Canto da Maya lhe fala para terem tanto de inspiração, harmonia e grandeza devem ter pertencido a uma renascença dentro do renascimento e fora da renascença. O remetente fala do que tem feito a nível artístico, e faz também observações sobre a obra de Canto da Maya, referindo que existe um grande avanço na forma e no pensamento. Agradece muito os trabalhos, cujos esquiços este lhe enviou, e faz algumas considerações sobre os mesmos. Relativamente à "Vierge" et "Demi-Vierge", escreve que estão bem indicados e que traduzem os estados extremos da virgindade e semi-virgindade, mencionando ainda que a composição decorativa é muito agradável. Em relação ao "Fogão Social", escreve que é cheio de ternura o motivo de baixo-relevo e dizem bem as linhas dos esquiços. Refere, porém, que o arranjo arquitetónico em nada lhe agrada, referindo que as forma simples e tocas do fogão não são dignas de alojarem as caricias requintadas de dois baixos-relevos, pois os baixos-relevos postos naquelas facetas rígidas do seu fogão seriam tules finos a cobrirem fina luva de seda em calosa mão, por mais que o fogo purificador lambesse o corpo da chaminé. Refere ainda que o friso "a dança" não lhe dá uma sensação de movimento, pois na dança há a marcha e o redopio, um movimento em sentido variado e o movimento em círculo, e se o friso de Canto da Maya, é uma expressão desse movimento falta-lhe o rodopio e o desencontro da marcha é pouco acentuado. Escreve ainda que do outro fogão gosta pouco, referindo que não quer dizer que seja mau, mas que aquela abertura ou aqueles braços em mãos altas e dadas não são amigas da harmonia, mencionado que seria mais fácil se ele rasgasse a boca do fogão. Refere ainda que o Armando Cortes Rodrigues escreveu um artigo que ele ilustrou, e que lho vai remeter. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Ernesto do Canto

O remetente informa que dessa vez não vai escrever uma carta daquelas epistolas em que tagarela infindavelmente, mencionando que apenas aproveitou o convite que o paquete de amanhã lhe fez, para levar a carta até Canto da Maya, podendo assim levá-lo à sua presença tão amiga e em espiritual convívio abraçá-lo, permanecendo no seu ateliê em silêncio, "como um authentico Bébé deante d'uma árvore de Natal". Refere que viu há dias em Lisboa a seu irmão [Mário] e que este estava de esplendido aspeto. Deseja um ano para toda a família cheio de paz e prosperidades e para Canto da Maya, "Fecundidade, trabalho, creação - toda uma vida a destillar Amõr, vasado em obras d' arte". Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu Caro Ernesto

O remetente escreve que recebeu a carta de Canto da Maya na cama, onde se encontra por estar com uma crise de dores, referindo que pôs todos os amigos em alvoroço e que até o Armando, dormiu no chão, de vigia. Refere que as notícias que recebeu da mãe da irmã também o abalaram. Questiona como está Canto da Maya, se está mais resignado e mais forte para amar com todos os contratempos da vida. Questiona ainda se os tremores de terra o têm abalado e se o atelier dele sofreu com a saraivada. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

"E por estas razões vou escrever ao Luiz [...]"

O remetente informa que vai escrever ao Luiz d´Assumpção (fotógrafo), para enviar a Canto da Maya os clichés. Mais informa que quando tiver algum trabalho concluído envia fotografias, e que na primeira oportunidade mandará algum projeto, mas não para vender, para recomendar, porque o plano de uma construção é uma coisa variável. A carta está incompleta. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Mon chéri

Documento original datilografado e com inscrição manuscrita em francês. Título atribuído.

Caro Ernesto

Pede desculpa a Ernesto do Canto por ainda não ter respondido à carta que lhe enviou e que lhe deseja, também, um Ano Novo muito feliz. Afirma que têm tido muito que fazer e que o pai tem estado adoentado. Agradece as cartas e as descrições feitas dos artistas, devendo ser muito alegre viver com eles. A carta continua com outras informações, entre elas, diz que gostou muito do bebé e agradece. Abaixo da assinatura escreve: “em podendo escrevo-te mais demoradamente. Documento original manuscrito em português. Título atribuído.

Ernesto amigo

Cartão-postal em que o remetente pergunta se Ernesto está sempre em Lisboa ou se está na mesma casa. Pede que o informe se manda a correspondência para a mesma direção. Documento original manuscrito em português. Título atribuído.

Meu caro amigo

O remetente escreve que folga muito em saber as boas notícias que têm recebido. Fala do problema em receber o ordenado e que é possível que se resolva em breve. Entre outros assuntos, felicita Ernesto do Canto pela maneira como os seus patrícios o têm recebido. Despede-se, aguardando por notícias, com abraço e cumprimentos para todos. Documento original manuscrito em português. Título atribuído.

Cartão-postal

Cartão postal, sem mensagem, remetido de Paris com a representação a cores de uma ponte. Documento original, impresso e manuscrito, em francês. Título atribuído.

Desculpe o Norberto

Rascunho de um telegrama. Canto da Maya solicita uma porção de gesso a pagar pelo vapor. Há outras anotações, de diferente caligrafia, referentes a um curso de Língua Francesa. Documento original manuscrito em português. Título atribuído.

Meu caro Norberto

Canto da Maya escreve sobre a vida na ilha e sobre o tempo, de como no inverno a natureza se expande como na primavera. Refere que numa terra assim não se deveria estar triste, mas que, talvez ,seja porque a alegria nos faz expandir e a tristeza concentrar, procurar. O papel apresenta algumas lacunas, estando uma das páginas rasgada intencionalmente. Será um rascunho. Documento original manuscrito em português. Título atribuído.

Ex. Primo e a Querida [Vittora]

A "Ex.Primo" Canto da Maya escreve que regressou recentemente da Vila, e que o Pai lhe informou de que o primo já o tinha procurado por duas vezes. No verso a "Querida [Vittora]": Canto da Maia refere que está muito envergonhado com ela e com os tios ,devido ao seu silêncio, solicitando perdão e referindo que tem tido muito trabalho com as esculturas. Escreve que teve que arranjar um atelier e que depois iniciou alguns trabalhos. Em francês, escreve ainda sobre coragem que é necessária para suportar os horrores da guerra. Documento original manuscrito em português e francês. Título atribuído.

Caros Primos

Canto da Maya pede perdão por só agora agradecer a bondade com que lhe receberam e pelas maçadas que deu, referindo que uma escultura que começou assim que chegou retirou-lhe muito tempo. Menciona que a sua viagem foi esplendida. Rascunho incompleto. Contém outras anotações com conteúdo semelhante. Papel frágil e rasgado. Documento original manuscrito em português. Título atribuído.

Monsieur

Escreve que decidiu prolongar a estadia em Campagne, uma vez que a mulher está muito fatigada. Retornarão a 15 e 20 de setembro. Continua com mais informações. Rascunho escrito em francês. Papel rasgado e danificado nas margens. Documento original manuscrito em francês. Título atribuído.

Despesas e obras

Aparente ser o rascunho de uma carta sobre despesas e obras. Documento original manuscrito em português. Título atribuído.

Diplôme Spécial

Diploma referente à "Exposition Coloniale Internationale" em Paris.
Documento original impresso em francês com preenchimento manuscrito. Título formal.

Certificado de Diploma

Certificado de diploma que atribui a medalha de prata, da Secção de Belas-Artes (escultura) no âmbito da Exposição Internacional do Centenário da Independência.
Documento original impresso, com preenchimento manual, em português. Título formal.

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