O remetente pede perdão pelo silêncio e explica por que razão não o escreveu mais cedo, referindo que não estranhou o que Canto da Maya lhe disse sobre Paris, sendo comum, quando nos instalamos num meio diferente sentimos repulsa, no entanto, com o passar do tempo, começamos a gostar. Partilha de algumas reflexões de Canto da Maya, nomeadamente sobre questões existenciais dos artistas. Questiona Canto da Maya se tem colegas franceses que lhe pedem para lhes fazer um busto, e escreve sobre a escola de belas artes em Lisboa, referindo que existem 57 novos artistas, duma arte que "toca os raios do patriotismo", referindo que no intervalo das aulas continua a ser proibido atravessar os corredores por causa do mau [olhado] das meninas, escrevendo sobre as aulas, onde "julgo vê-lo", de bibe por entre as mesas ou carregando barro ou a tirar fotografias, que agora há chá, torradas, chocolate, etc, todos os dias. Escreve sobre algumas figuras da escola de belas-artes, nomeadamente sobre: Amílcar, Teixeira, o Manuel, o Santos, Carvalho, Tavares, Caldeira, Andrade, Cunha, Mestre Monteiro, Carlos Reis, Maya, [Pacheco], Alves, Martinho, Carneiro, Nascimento, Barreira. Refere que tem estado muito ocupado como o trabalho escolar e com a exposição de humoristas na qual tem alguns trabalhos e que depois lhe envia fotografia dos mesmos. Algumas folhas apresentam descoloração. Documento original manuscrito em português com título atribuído.