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Arquivo José Manuel Baião

  • PT CA AJMB
  • Fundo
  • 1977 - 1996

Documentação, de 1977 a 1996, produzida por José Manuel Baião enquanto Coordenador do Gabinete de Imprensa dos Açores e Chefe de Divisão do Gabinete de Imprensa dos Açores.

Baião, José Manuel Rego. 1955- , jornalista

Resumo dos principais acontecimentos do ano de 1979

Nota de imprensa com o resumo dos principais acontecimentos do ano de 1979, subdividida pelos 12 meses. Entre os temas abordados destaque para o atentado à bomba contra a viatura de Américo Natalino Viveiros (Secretário Regional do Comércio e Indústria); reunião da Comissão de Poderes Locais e Regionais do Conselho da Europa; Comissão Consultiva para as Regiões Autónomas; Estudo da Política Aérea dos Açores; Plano para concretização da Autonomia; Programa geotérmico; Acordo da Base das Lajes; Acordo Coletivo de Trabalho dos Portugueses das Forças Armadas Norte Americanas estacionadas na Base Militar das Lajes; Estudo Global da Energia dos Açores; Relatório sobre a situação política, económica e social das ilhas do Atlântico; e as eleições intercalares para a Assembleia da República e autarquias locais.

Retrospectiva dos principais acontecimentos regionais durante o ano de 1980

Nota de imprensa com o resumo dos principais acontecimentos políticos de 1980, subdividida por meses. O principal assunto é o sismo de 1 de janeiro de 1980 que afetou as ilhas Terceira, Graciosa e São Jorge com maior intensidade. Na nota são destacados, entre outros assuntos, as visitas aos Açores do General Ramalho Eanes (Presidente da República), de Francisco Sá Carneiro (Primeiro Ministro) e, também, a trágica morte de Francisco Sá Carneiro a 4 de dezembro de 1980.

Retrospectiva dos principais acontecimentos regionais durante o ano de 1981

Nota de imprensa com o resumo dos principais acontecimentos políticos de 1981, subdividida por meses. Merecem destaque várias reuniões da Comissão Permanente da Conferência dos Poderes Locais e Regionais do Conselho da Europa, bem como a transferência de diversos poderes e serviços do Governo da República para o Governo Regional dos Açores.

Baião, José Manuel Rego. 1955- , jornalista

Retrospectiva anual dos principais acontecimentos regionais

Nota de imprensa com o resumo dos principais acontecimentos políticos de 1982, subdividida por meses. Ao longo da retrospetiva são destacados vários momentos da política regional, nomeadamente, reuniões relativas à integração de Portugal
na Comunidade Económica Europeia e o encontro entre o Presidente do Governo, Dr. Mota Amaral, e o Presidente
da Comissão da Comunidade Económica Europeia, Gaston Thorn.

Baião, José Manuel Rego. 1955- , jornalista

Retrospectiva anual dos principais acontecimentos regionais

Nota de imprensa com o resumo dos principais acontecimentos políticos de 1983, subdividida por meses. Ao longo da retrospetiva são destacados vários momentos como a remodelação do Governo Regional dos Açores e as negociações em torno da adesão à Comunidade Económica Europeia.

Baião, José Manuel Rego. 1955- , jornalista

Restrospectiva anual dos principais acontecimentos regionias do ano de 1984

Nota de imprensa com o resumo dos principais acontecimentos políticos de 1984, subdividida por meses. Ao longo da retrospetiva são destacados vários momentos do processo de adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia e o envolvimento dos Açores no mesmo.

Baião, José Manuel Rego. 1955- , jornalista

Retrospetiva anual dos principais acontecimentos regionais do ano de 1986

Nota de imprensa com o resumo dos principais acontecimentos políticos de 1986, subdividida por meses e enviado à Comunicação entre 22 e 29 de dezembro de 1986. Ao longo da retrospetiva são destacados vários momentos, nomeadamente, o II Congresso de Comunidades Açorianas, a Conferência dos Poderes Locais e Regionais da Europa e aprovação por unanimidade da revisão do Estatuto Politico e Administrativo da Região Autónoma dos Açores.

Baião, José Manuel Rego. 1955- , jornalista

Retrospetiva anual dos principais acontecimentos regionais do ano de 1987

Nota de imprensa com o resumo dos principais acontecimentos políticos de 1986, subdividida por meses e enviado à Comunicação entre 10 e 22 de dezembro de 1987. Ao longo da retrospetiva são destacados vários momentos, nomeadamente, a problemática dos lacticínios, vários temporais que causaram estragos em diversas ilhas e A promulgação da Lei de Revisão do Estatuto Político Administrativo dos Açores, por parte do Presidente do República.

Baião, José Manuel Rego. 1955- , jornalista

Retrospetiva anual dos principais acontecimentos regionais do ano de 1988

Nota de imprensa com o resumo dos principais acontecimentos políticos de 1986, subdividida por meses e enviado à Comunicação entre 6 e 29 de dezembro de 1988. Ao longo da retrospetiva são referidos marcos importantes como as eleições para a Assembleia Regional dos Açores, várias visitas estatutárias e a integração das Regiões Atlânticas na Europa Comunitária.

Baião, José Manuel Rego. 1955- , jornalista

Retrospetiva anual dos principais acontecimentos regionais do ano de 1991

Nota de imprensa com o resumo dos principais acontecimentos políticos de 1991, ao longo da qual são destacados os principais momentos da política regional. Merece neste documento destaque a defesa de interesses autonómicos por parte da Madeira e dos Açores, bem como a visita do Presidente do Governo dos Açores, Dr. Mota Amaral, ao Brasil.

Baião, José Manuel Rego. 1955- , jornalista

Retrospetiva anual dos principais acontecimentos regionais do ano de 1992

Nota de imprensa com o resumo dos principais acontecimentos políticos de 1992, ao longo da qual são destacados os principais momentos da política regional. Neste ano em particular é dado grande relevo à dinâmica europeia e ao desenvolvimento das regiões insulares.

Baião, José Manuel Rego. 1955- , jornalista

A. Kolomietz

Contém quatro cartas originais e manuscritas em francês remetidas de Bolonha por “Kolomietz”, não tendo sido possível aferir o primeiro nome. As missivas são dirigidas, também, a Vera Wladimirovna Pouritz (2ª mulher do escultor com quem casa a 30 de outubro de 1938).

Chers Madame et Monsieur do Canto

A missiva é, igualmente, dirigida a Vera Wladimirovna Pouritz (2ª mulher do escultor com quem casa a 30 de outubro de 1938). Esta carta apresenta no verso uma lista de despesas. Documento original manuscrito em francês com título atribuído.

Deolinda

A remetente (Deolinda) informa que hoje já lhe escreveu uma carta, e que esta carta agora à noite é um desabafo de alma, referindo que não pode viver sem Canto da Maya e que sente muita a sua falta. Escreve que em Paris, ele irá encontrar muitas mulheres, mas nenhuma tão leal como ela, pedindo para que nunca a esqueça, e que sempre que for a Lisboa que a vá visitar. Refere que está muito deprimida e que pensa em morrer, mencionando que dorme com os retratos de Canto da Maya e que já duvida da sua sanidade mental. Afirma que vai morrer a amar Canto da Maya. Termina com “Aceita mil beijos e mil abraços da tua amante leal sincera que te adora e uma verdadeira amiga Deolinda”. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Homenagem ao Presidente Direção do Club Michaelense

Comunicação recebida do Club Michaelense a informar da homenagem, sob forma de baile e promovida pela Comissão de Sócios, ao Presidente da Direção daquela Instituição, o Sr. Filomeno Bicudo. Documento original datilografado em português.

Pesar pela morte de Margarida do Canto

Domingos Rebelo escreve que foi com grande pesar que soube da morte de Margarida do Canto, referindo que não foi ao enterro porque havia um temporal e que o carrão ainda não tinha cortinas, mencionando ainda que ia para a cidade dar lições quando soube do falecimento. Refere que a sua esposa sentiu muito a morte e que ambos o acompanharam no seu desgosto. Refere que esteve com a mãe de Canto da Maya, que lhe disse que ele estava em dúvida entre ir para Madrid ou Barcelona, escrevendo que não conhece Barcelona, e que Madrid deve ser um meio artístico importante. Informa que o Norberto lhe escreveu e que ele lhe respondeu, solicitando, no entanto, que quando Canto da Maya lhe falar, que lhe peça desculpa em seu nome, pois escreveu-lhe e esqueceu-se de lhe falar da conferência, a qual já leu e que gostou imenso. Pede ao escultor que trabalhe e que lhe dê notícias, onde quer que esteja, enviando ainda cumprimentos da esposa para o seu irmão e as melhoras. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Ernesto

Domingos Rebelo escreve que anseia por notícias de Canto da Maya relativamente a Madrid, "do Prado de tudo o que a encontras interessante". Agradece a ilustração e os postais que lhe enviou, referindo que "a ilustração é magnifica e que os postais vieram matar-me saudades dos belos bocados que aí passei". Questiona qual a opinião do escultor sobre Esopo, Bobo de Coria, as Meninas e da Duqueza Dálba de Goya, mencionando a grandeza das obras. Refere que muito apreciou a lembrança de Canto da Maya que o veio distrair da monotonia em que vive nas Capelas. Escreve que tem trabalhado alguma coisa, mas que ainda não começou a decoração do [Marquez] porque não chegou o material, referindo que este também lhe encomendou um retrato do tio José Jácome de fotografia. Escreve que tem a cabeça a arder com projetos de quadro tudo inspirado na vida no campo, que não sendo dum carater extraordinário à primeira vista, tem a sua beleza, mencionando, que no entanto, para pôr em prática tantos projetos, necessitaria de um "certo descanso d´espirito", o que é difícil pela saúde da sua esposa, descrevendo o estado de saúde da mesma. Informa que soube pela mãe de Canta da Maya, que ele estava satisfeitíssimo e que trabalhava com um escultor de talento. Pede a Canto da Maya que trabalhe muito, pois em breve, irá ver os esforços coroados de grandes sucessos. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Ernesto

Domingos Rebelo começa por referir o golpe que sofreu e que a vida tem mais momentos de tristes do que felizes, mencionando que "felizmente que há uma outra vida, um outro mundo depois d´este" e será nesse que encontrará a sua Carminho, sem sofrimento e feliz. Escreve que agora o que lhe resta da sua Carminho é a memória de dois anos de verdadeiro sofrimento. Informa que recebeu 3 números da "Esfera" e vários postais que agradece, referindo ainda que queria escrever-lhe mais sobre as suas cartas, mas que não pode. Espera que Canto de Maya se encontre bem e que as suas qualidades de artista se desenvolvam sempre para que ele possa produzir verdadeiras obras de arte. Solicita que lhe escreva para Ponta Delgada. Domingos Rebelo refere o desgosto e sofrimento com a morte da Carminho. Escreve sobre a visita do médico e os últimos momentos de vida de Carminho, e de como foi um exemplo de coragem e heroísmo. Escreve que está exausto e que não tem vontade para nada, mencionado que a pintura, que tanto sentia, já não lhe diz nada, e que não sabe como poderá fazer o teto do Marques Jácome. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Erna

A remetente, Erna, , escreve que lamenta não se ter despedido de Canto da Maya, sobretudo porque ele não voltará a Lisboa, questionando-o se sempre vai estudar escultura em Paris, referindo que também tenciona ir para o estrangeiro estudar canto, mas que ainda não sabe onde, afirmando que tem muita vontade de ir para Munich ou Paris. Informa que a Dora está noiva do Sanches de Castro, referindo que os pais dela só a deixarão casar se ele deixar a aviação, e que está muito triste com a [Vitória] por esta não a visitar. Menciona ainda que hoje casou a amiga Rey Colaço com o Dr. Leonardo Castro Freire. Solicita resposta à sua carta e que Canto da Maia lhe conte o que tenciona fazer em Paris. Tem envelope. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

François Prackeleire

Cartão-postal remetido de Bruxelas que tem a representação de Gand – L’Hôtel de Ville. Não tem mensagem. Documento original com título atribuído.

Jacques Vincent, notário

Missiva do notário Jacques Vincent a informar sobre o contrato de casamento. Pela data da carta, o contrato refere-se ao casamento com Vera Wladimirovna Pouritz. Documento original datilografado em francês com título atribuído.

Jenny [?]

Carta remetida a “Chers amis” a partir de Paris. Na última página, de pois da assinatura de “Jenny […?] há uma outra mensagem com letra distinta, dirigida também a “Chers amis” com uma assinatura não percetível; mas apesar desse facto, o apelido assemelha-se ao que se segue à assinatura anterior. Documento original manuscrito em francês com título atribuído.

José de Abreu

Carta dirigida a “Meu caro Ernesto do Canto”. O remetente escreve que só agora teve férias e que lhe aproveita para escrever. Refere que como Canto da Maya, ele vai já fugir de Lisboa, mas que antes vem cumprir a sua promessa, mencionando que a morada do Paulo Osório se sabe facilmente em Paris, pelo primeiro português que ele encontrar.
Esta carta continha dentro uma outra, também remetida por José Abreu mas a "Meu caro Paulo Osório". O remetente refere que o portador da carta é o grande amigo Ernesto Canto, que foi para Paris "cheio de gloria, p´ra mais glorias colher". Refere que é um verdadeiro artista, um bom amigo e belo companheiro de arte, mencionando a Paulo Osório que ele ainda ir ver Canto da Maia na primeira ordem dos escultores do mundo, mencionando ainda que ele deixou lá trabalhos em barro que são maravilhas. Escreve que não sabe a sua morada, e que lhe escreveu por duas vezes, para agradecer o livro que este lhe enviou, e a noticiar-lhe da publicação do seu livro.

Meu caro Canto

Carta remetida ao escultor por José Duarte Ramalho Ortigão. O remetente informa que no dia 29 de setembro foi atacado por uma congestão pulmonar, referindo que o médico sugeriu que recuperasse fora de Lisboa, tendo ele ido para Torres Novas, e que por esse motivo tardou na resposta, mencionando ainda, que Torres Novas é muito conhecida "pelos discípulos do mestre", pois para lá iam fazer o seu tirocínio artístico no tempo da sociedade Silva Porto. Escreve que depois de lá chegado o seu desejo foi escrever-lhe a agradecer a amabilidade de Canto da Maya. Refere que não estranha o estado apático em que Canto da Maia se encontra, escrevendo que o clima e o ar são diversos, que existem uma espécie de adormecimento, que parece que ali se respira ópio em vez de oxigénio, e que apesar de ser natural da ilha, habituou-se a Lisboa, sendo assim normal que estranhe. Refere que as fotografias dos seus últimos trabalhos vêm confirmar a opinião que tem a respeito dele, indicando que "o rapazinho dos patos" é "admirável e superior" à "rapariga da [bicha]". Escreve que Canto da Maya está com a [presunção] de que deu um aspeto frio de mais à figura, sendo que ele considera a mesma admirável, tal como o [Lucena], referindo que a expressão é soberba e que estão admiravelmente [proporcionada]. Menciona ainda que o artista é também muito verdadeiro, e questiona-o sobre quando este vai para Paris, pedindo para que este lhe dê notícias antes de partir. Escreve que a noiva e ele agradecem as suas palavras e que ela está ansiosa pelo prometido. Tem envelope. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Canto

Carta remetida por Sebastião de Macedo Ramalho Ortigão. O remetente escreve que Canto da Maya nem imagina o prazer que lhe deu o postal que este lhe enviou, mencionando, no entanto, que sente desgosto por não o poder abraçar, pois está incumbido de um trabalho, e que a antecipação da viagem de Canto da Maya desfez os seus planos. Envia um abraço e cumprimentos pelo talento e carater do escultor. Solicita que Canto da Maya lhe envie notícias de Paris e fotografias dos seus trabalhos. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

[Alberto da?] Veiga Simões

Composto por duas cartas originais e manuscritas em português remetidas por [Alberto da?) Veiga Simões.
Título atribuído.

Meu Querido Amigo:

[Sintra] Informa que lhe escreve da cama, por estar com uma constipação tremenda, referindo que só esse motivo lhe impedirá de ir no dia seguinte a Lisboa, dar um abraço de despedida a Canto da Maia. Relativamente à estatueta, solicita a Canto da Maia que a deixe em casa, onde ele a irá levantar quando for Lisboa. Espera que Canto da Maia lhe dê notícias e que o previna da sua passagem para Paris, para que possa abraçá-lo. Faz referência a uma estatueta que irá deixar em cada de Canto da Maya assim que lhe for possível. Carta assinada. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu Querido Amigo:

[Arganil] O remetente escreve que está há um mês diluído na natureza, "bebendo sol, ar e luz", referindo que "esqueci-me de mim, e desconheci a utilidade da pena, da tinta, e do papel". Informa que recebeu a carta de Canto da Maya e que tencionou escrever-lhe, referindo, no entanto, que a paisagem de Cintra é nobremente intelectual, e que à medida que o tempo foi passando, esqueceu-se de si e confundiu-se na natureza, e que, " quando quis escrever-lhe achei que, tão bronco estava, que mal me ficaria julgando o seu intelectual espírito de elegância". Escreve que acordou com o outono e que agora escreve-lhe apressadamente, pois Canto da Maya pode não a receber, por já estar a caminho de Paris. Solicita-lhe que em Paris, quando "o outono modela as mulheres nos vestidos novos, em corpos de fadas marinhas, ninfas boiantes em águas de sonhos" que se lembre dele e do seu culto pela arte. Menciona ainda que envia um livro da sua autoria. Está assinada. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Laureana

A remetente, Laureana, agradece as cartas de Canto da Maya e por este se lembrar das suas amigas, mesmo estando longe. Menciona que não lhe escreveu há mais tempo por não ter a certeza da sua direção, e que gostou muito de ler a última carta para a Margarida. Escreve, que se percebe, apesar dos poucos meses que Canto da Maia está em Paris, que já teve grandes emoções d'arte e ouvido magnifica música. Espera que quando ele voltar a Lisboa que elas o possam ver e pede para lhes contar tudo o que tem gozado em Paris. Refere que a Margarida de ter lhe dito que têm ouvido alguns bons concertos pela orquestra portuguesa no Teatro da República e que tem sido a música o divertimento que têm, mais os serões em casa delas, nos quais o Ernesto faz sempre imensa falta, e que falam dele por diversas vezes. Escreve que adorou o postais com as fotografias dos trabalhos dele que estão muito bem feitos. Solicita-lhe que lhe fale dos trabalhos que tem feito nas próximas cartas, pois tem muito interesse em saber os progressos dele na escultura. Informa que tem recebido notícias da Maria Luzia, e que ela está a fazer um novo tratamento ao pulmão e com muitos bons resultados. Menciona ainda, que a Joana Saldanha mandou dizer à mamã que o havia encontrado em Paris. Tem envelope. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

M. F. Teixeira

Duas cartas e um cartão-postal enviados por M. F. Teixeira

Dear Friend

Carta remetida da Califórnia. Espera que estas poucas linhas o encontrem bem de saúde, tal como os pais. Entre outros assuntos, agradece a amável lembrança. Tem envelope. Documento original manuscrito em inglês com título atribuído.

Caro Menino

A remetente pede desculpa por não ter dado resposta à carta por não ter quem a escrevesse. Refere que a família não teve muito prejuízo e que ninguém morreu, podendo dar-se por felizes e que nunca imaginaram que São Francisco ficasse reduzida a cinzas, referindo que dói de ver e mencionando que se contar o que viu que ele nem vai acreditar. Faz uma descrição das pessoas ao frio, a passar fome e sede, tendo que esperar horas na fila para obter a sua ração. Diz que ficou de rastos e que nunca mais lá regressou. Solicita que recomende à sua mãe e que lhe dê resposta se recebeu os bilhetes. Deseja que a família de Canto da Maya esteja toda de saúde, que tenham umas festas felizes e que Canto da Maya seja diligente com os seus estudos. Está assinada por Mrs. M. F. Teixeira. Tem envelope. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Cartão-postal

Cartão-postal que representa a fotografia, a preto e branco, de uma ponte sobre um rio, com algum arvoredo e casario. A remetente informa que, em junho 1907, visitou este lugar. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Madame Drouot

Cartão-postal remetido por Madame Drouot com representação, a preto e branco, de uma mesquita. Não tem mensagem. Há no verso, uma anotação a lápis: “[?] Tolda milho Ponte da Povoação”. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Maria

Tendo como remetente “Maria”, são dois cartões-postais.
Título atribuído.

Caro Primo

A remetente informa que envia a carta da ilha, solicitando que mande buscar umas encomendas que tem lá. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Mr. Ernesto do Canto

Cartão-postal com a representação de uma escultura com a seguinte legenda: “Campo Santo - Monumento Mussetti - L' Astronomia Dupré”. Há uma mensagem pouco percetível: “Não [?] modernas. Maria”. Tem o carimbo do Hotel Marino em Milão. Tem alguns algarismos anotados a lápis. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Maria Ernestina Leite do Canto de Faria e Maya

Conjunto de cartas enviadas pela mãe. Maria Ernestina Leite do Canto de Faria e Maya nasce a 8 de outubro de 1868 e morre no ano de 1921 a 16 de junho. Todos os documentos são originais e manuscritos.

Querido Ernesto

Abordando vários outros assuntos, escreve que pintou a Beatriz em flanela lilás e dá pormenores; tem havido serões de ópera aos domingos e segundas; refere que receberá duas cartas porque tem visto anunciado nas vésperas dos da carreira. Numa 2ª folha que dentro da 1ª se encontrava, a mãe pede-lhe que conte o que faz para, assim, o seguir em espírito; e também, para o filho saber “o que se faz cá (…)”; sente um enorme prazer em receber notícias do filho não esperadas trazidas pelos vapores franceses. A carta foi escrita antes de 10 de setembro de 1913 – data da morte da Tia (Ana Leite Dias do Canto Bicudo) uma vez que esta é referida. A 2ª folha apresenta lacunas no papel – desgaste no vinco. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Querido Ernesto

Escreve que foi pedir espadana à Hortência que a que havia na despensa estava estragada, mas não tinha. Havia já vendido a um senhor. Há de pedir à Condessa de Jácome se lhe pode arranjar. Pergunta-lhe se já entregou à Firmina o vestido branco mandado pela Beatriz. Entre outros assuntos, escreve que tem muito gosto dos conhecimentos que o filho tem vindo a fazer, novos lares e pessoas e que foi bom ter figurado na exposição. Carta escrita antes de 19 de novembro de 1915, data da morte de Margarida Leite do Canto – referida no documento. Documento original manuscrito em português com título atribuído

Meu Querido Ernesto

Informa o filho que vieram das Furnas a 9 de setembro e que voltaram a passar nos Prestes. Apreciou os grandes quartos e as belas vistas. A falta de luz não lhe permite ler à noite. Dá a notícia da morte do Ferreira Cordeiro de repente nas Caldeiras quando saía do clube e que foi um grande abalo para aquela família. A carta refere assuntos vários e, entre eles, informa que o pai teve uma tosse fortíssima devido a ter andado de carro sem capacete. A tosse era tanta que foi dormir para outro quarto. Acrescenta que sonhou com o filho. Não tem nota de despedida. No cabeçalho, no canto superior esquerdo junto à data, tem anotado “1ª carta”. Documento original manuscrito em português com título atribuído

Querido Ernesto

Informa que o pai, António Cardoso, decidiu ir para a Suíça; mas os pais só podem estar 2 meses e deixariam as meninas nos colégios. Não sendo isso que se quer “vamos para Nice em Dezembro ou Janeiro”. Beatriz estudará 3 ou 4 meses depois na Primavera suíça quando o cambio estiver mais barato. Continua a carta a dar informações sobre o que pretendem fazer em relação à viagem; Bélgica e Inglaterra quando fecharem os colégios em Maio, despesas, sem grandes aparatos. Entre mais assuntos, escreve que pediu s Cood de Nice para escrever sobre preços de pensões, colégios e hotéis. Refere que seguem para Marselha no Roma, parando o tempo necessário para o Mário ir para bordo. A carta parece estar incompleta, não apresentando palavras de despedida ou assinatura. No cabeçalho, no canto superior direito, está a anotação: “2 carta”. Documento original manuscrito em português com título atribuído

Informações sobre valores de viagens

Carta incompleta, não apresentando nota introdutória nem de despedida. Escreve que comprou um vestido branco riscado de preto para o verão e luvas brancas. Por isso não lhe manda 1:000 rs para tomar 4 ou 5 banhos. O pai manda 8:900 (?)com a indicação discriminada de para que será a verba. O dinheiro já deveria ter ido mas o pai contava com os juros da Panificação. Dá um conjunto de informações sobre custos: quem sai da ilha no Malla Real, ida e volta, são 15 libras; quem vai com viagem de ida são 10 libras. Refere 56 mil reis (?) e que haveria de querer ir a Lisboa. No Sud Expresse, entre Lisboa e Paris, são 50 (…); e gasta 112$000 em ir a Paris e ir para a ilha no verão. Refere que é bom guardar dinheiro das estatuetas apesar de o Pai dizer que paga. Carta continua com outros assuntos. Não tem nota introdutória ou de despedida, indicando que está incompleta. Carta anterior a 16 de julho de 1921 – morte de Maria Ernestina. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Querido E

Carta referente a verbas financeiras pedidas por Ernesto para o irmão Mário. A remetente deu a conhecer o pedido ao marido porque não tem segredos com ele e não tinha a verba disponível. O Pai vai mandar a verba pedida mas não pode com outros pedidos por causa da guerra. Há outras várias informações, entre as quais que ainda não foram recebidas as rendas; não ajuda a Beatriz a estudar como o fazia com ele; irmã dá conta das lições e deita-se e levanta-se cedo para estudar. Tece considerações sobre os artistas – como solteiros e duvidosos e que Ernesto queria que a irmão fosse, para seu orgulho, uma grande artista. A mãe diz-lhe que escreve menos este ano por causa dos olhos e não por falta de amizade. A carta continua escrevendo sobre roupas e ida às Furnas. Não tem nota de despedida, podendo indicar que está incompleta. Carta anterior a 16 de julho de 1921 – morte de Maria Ernestina. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Querido Ernesto

Pede ao filho que não trabalhe demais. Informa de visitas e jantares, a comida e ida às Furnas, Salto do Cavalo e Ribeira Quentes, entre outros assuntos. Informa, também, que o Pai tem passado mal do estômago. Beatriz está bem e mais gordinha. Assinada “tua afetuosa Ernestina”. Carta anterior a 16 de julho de 1921 – morte de Maria Ernestina. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Querido Ernesto

Escreve que envia dinheiro, pela Mª Hortência indicando as verbas. Há de ir mais de outras vez; o Pai estava zangado quando pediu. A carta continua com notícias de várias senhoras como a D. Mª Botelho, D. Ermelinda Gago ou D. Maria Botelho. Assina “Tua affectuosa Ernestina // Todos (??) saudades. Carta anterior a 16 de julho de 1921 – morte de Maria Ernestina. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Querido Ernesto

Escreve que envia dinheiro, pela Mª Hortência indicando as verbas. Há de ir mais de outras vez; o Pai estava zangado quando pediu. A carta continua com notícias de várias senhoras como a D. Mª Botelho, D. Ermelinda Gago ou D. Maria Botelho. Assina “Tua affectuosa Ernestina // Todos (??) saudades. Carta anterior a 16 de julho de 1921 – morte de Maria Ernestina. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu Querido Ernesto

Escreve que o filho nunca a informal se tinha recebido a lanterna, as bananas e o dinheiro que lhe havia dado para as despesas. Havia, no seguimento desta frase, uma nota em destaque dentro de um retângulo: “Margarida não está de esperanças”. Entre outros assuntos, espera o retrato que tiraram juntos e que já encontrou o mel, que é muito bom, no Travassos (?); o que deseja é o café de uma loja abaixo dos Armazéns do Chiado, ainda abaixo do elevador. E pede que lhe traga um sabonete, referindo-se ainda a chapéus. Vai enviar dinheiro para acabar o chapéu e para a ajuda do vestido de seda. Escreve que envia uma carta, juntamente com esta, para que a entregue à Tia e que gostou muito dos quadros do pintor João Cabral. A carta foi escrita antes de 10 de setembro de 1913 – data da morte da Tia (Ana Leite Dias do Canto Bicudo) uma vez que esta é referida. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu Caro Ernesto

Escreve sobre elogios ao trabalho do filho em Portugal lidos por José Mª da Câmara e que lhos transmitiu. Afirma que, como mãe babosa, já sabia do que valia mas que gosta que os outros saibam. Fala que já sabe dos problemas que a Tia com a costureira para ir para a Ilha e que foi melhor não se ter concretizado tal intenção. Isto porque dias pessoas nervosas brigam e na ilha não se dão criadas de Lisboa e que de nada serviram os sermões da Tia; afirma que lá esteve mas que não quis fazer sermões. Diz que a Mãe e família são seres à parte e que não se devem misturar com outras criaturas, fazendo a ressalva que isto não é soberba e que a Tia foi levada pelo bom coração e que ficou admirada, depois, por não encontrar tanta pureza quanto imaginava. A carta continua com vários assuntos, entre os quais, a filha Beatriz e que deseja que Ernesto tenha sempre uma conversa […]. Não só agora que é pequena mas, também, depois de grande e que tudo o que ele fizer ou disserem diante dela é um oráculo. Reconhece que a filha não é muito inclinada à religião e que tem espírito de análise mas que deseja que solteira, casada ou viúva seja uma mulher séria. A carta foi escrita antes de 10 de setembro de 1913 – data da morte da Tia (Ana Leite Dias do Canto Bicudo) uma vez que esta é referida. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Sugestões de exposição de peças

Ao longo da carta dá notícias da Tia Annica, Helena e do Carmo e Beatriz. Escreve que gostou muito de ver as estatuetas e sugere perguntar a D. Mª Augusta Bordallo Pinheiro para as colocar na exposição; se as vendesse colocava mais com o preço e o nome. Refere que na Illustração Portugueza é costume haver exposições de pintura; e que o Campos Lima poderia pedir ao Século para aceitarem as caricaturas com a pintura. Refere que na Bordallo vão pessoas ricas e que lá teria uma boa madrinha. A carta parece incompleta, não apresentando nota introdutória ou final de despedida. A carta foi escrita antes de 10 de setembro de 1913 – data da morte da Tia (Ana Leite Dias do Canto Bicudo) uma vez que esta é referida. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Querido Ernesto

Escreve que espera receber uma carta do filho e que responderá na mesma hora. Dá algumas notícias como se a Mª da Glória se ira divorciar para casar como Marquez Jácome ou com o Conde de Leça. Maria (??) manda muitos parabéns, que gosta muito dele e que tem pena de não ser seu genro. A Tia pede desculpas por não lhe escrever, mas não pode. A mãe diz que a tia está melhor com a perna mais desinchada. A mãe diz-lhe que quando chegar todos lhe vão pedir estatuetas. Nesse caso é dizer que vem é descansar. A carta continua com outras informações. A carta foi escrita antes de 10 de setembro de 1913 – data da morte da Tia (Ana Leite Dias do Canto Bicudo) uma vez que esta é referida. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu Querido Ernesto

Escreve ao filho para que se alegre que vai levar a Tia a Lisboa a 11 ou 12 e que o abraça e regressa. Será um grande prazer os dias que passarem juntos e que esteve já para ir no dia 3 de fevereiro. Refere algumas verbas monetárias que pediu dinheiro à Avó para “não ter dívidas escondidas”. A carta continua com outros temas. A carta foi escrita antes de 10 de setembro de 1913 – data da morte da Tia (Ana Leite Dias do Canto Bicudo) uma vez que esta é referida. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Bonecas de barro

Escreve em ir depressa ver as “tuas filhas de barro” e que seria uma desilusão se não compram nada. Não se admiraria com este facto porque os preços são caros e, a maioria das pessoas de Lisboa, apenas tem o necessário para comer e vestir. Mas seria um gosto para a mãe se lhe comprassem alguma estátua. Fala de como gostaria que o filho viesse e poderia chegar antes de 8 de agosto. A Tia agradece os postais. Torna a falar das estátuas e se estão em posição de serem vistas e apreciadas. Entre mais assuntos, pede a Ernesto para não gastar o dinheiro das estátuas em presentes mas para o usar nas despesas de Paris. Sugere-lhe estar na ilha e julho, agosto e até 15 de setembro, partindo a 25 para Paris. Quando mais tempo ficar, mais probabilidade há de ter “entrado” dinheiro da Avó – refere anteriormente que esta estava com pouco dinheiro este ano. A carta foi escrita antes de 10 de setembro de 1913 – data da morte da Tia (Ana Leite Dias do Canto Bicudo) uma vez que esta é referida. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Querido Ernesto

A mãe escreve que gostou muito de ver as estatuetas e de receber notícias do filho. Demonstra grande preocupação com a saúde de Ernesto. Acha que o desanimo que este está a sentir tem a ver com o facto de ter trabalhado muito, estando agora com uma depressão nervosa. Acha que as belas-artes são mais estafantes que a literatura, por isso os escritores morrem mais velhos; os pintores morrem cedo. Sugere-lhe que vá para o campo, não há pintores, mas vai estar por mais tempo com ar puro. Pede-lhe que fique o máximo de tempo que puder sem ler ou escrever e para falar pouco. A Tia Annica vendeu hoje a mata e deu uma descompostura ao António e ao Pai, esperando Ernestina que não o vá incomodar em Lisboa. Documento original manuscrito em português com título atribuído. No final da carta, a mão escreve que o Pai disse que se se estiver a sentir doente para ir ter com eles. A carta foi escrita antes de 10 de setembro de 1913 – data da morte da Tia (Ana Leite Dias do Canto Bicudo) uma vez que esta é referida.

Querido Ernesto

Escreve que se sentiu abalada pelos triunfos do filho e que sempre esperou que não fizesse apenas bonecas; e que aquele beijo que tem na sala revela muito talento; que não se canse a fazer muitas bonecas, o Pai já havia dito que paga as passagens para Paris. Diz que foi ao animatógrafo ver a Dama das Camélias com Sarah Bernard e tece algumas considerações. Informa que levou os jornais à Avó Margarida que lhe manda parabéns. Continua com outras informações. Carta escrita antes de 19 de novembro de 1915, data da morte de Margarida Leite do Canto – referida no documento. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Maria Helena

Cartão-postal remetido pela prima Maria Helena. Escreve que ontem recebeu a carta do primo e que agradece. Agora não escreve carta porque não tem muito tempo. Informa que, desde a chegada e com exceção do dia da viagem, tem chovido sempre sem nunca o tempo aliviar. Está cansada de tanto ver chover mas tem tomado sempre banho e ido a todas as (?) água azeda. Diz que este é o segundo postal que lhe escreve e pergunta a Ernesto o que tem feito na Rocha, questionando se não tem sido uma massada. Devido ao tempo têm tocado piano e que no dia de ontem jantou o Dr. Crespo, não havendo mais novidades. O cartão apresenta cravos, à volta dos quais a prima escreveu a mensagem. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Maximiliano Firmino de Macedo Alves

Contém três cartas e um cartão-postal remetidos por Maximiliano Alves (escultor). Este conquista a medalha de 2ª classe da SNBA, 1916, na Exposição da SNBA, ex-áqueo com Canto da Maya.

Meu caro Canto

O remetente pede desculpa por só agora escrever, referindo que apenas lhe escreve para lhe enviar os 50 [escudos] que este lhe solicitou. Escreve que não enviou o dinheiro mais cedo pois foi o mês em que se [propôs as décimas]. Promete brevemente escrever uma carta mais extensa. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Ernesto do Canto _ Vulgo o Cantinho iiiiiih!”

Afirma que sempre o apreciou, mas depois de ver do que Canto da Maya é capaz, tem por este uma veneração; uma veneração que se sente por aqueles que têm o dom de possuir o (?). Afirma que não o diz por favor e nem por ser seu amigo pessoal e por ver a admiração das qualidades morais. Hoje admira-o como um grande nome da arte. A carta continua com apreciações ao trabalho de Canto da Maya. Faz, igualmente, referências a Norberto Correa. No canto superior esquerdo, o papel tem a marca impressa: “Maximiliano Alves ESCULPTOR”. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Ernesto do Canto

O remetente refere a sua admiração e surpresa por ainda não ter recebido qualquer carta de Canto da Maya, referindo, no entanto, que está certo de que ele o vai responder à sua solicitação, pois é de grande interesse. Escreve que teve uma encomenda de duas estatuetas de metro e meio de altura, para uma escada de um palacete que se está construindo, mencionando que para não perder o freguês, fez um preço pouco digno, lucrando 150$00 com cada uma. No entanto, foi saber o preço do bronze e da fundição e o Sr. Venâncio lhe disse "que o mínimo era de 550$00 cada figura ou sejam 1100$00 as duas". Refere que considerando o preço do bronze e da fundição terá que subir o valor do trabalho, mas que assim o freguês vai dispensar as estatuetas e que dessa forma ficará sem o trabalho. Questiona se Canto da Maia lhe saber dizer, quem é o fundidor que em Madrid (...).No canto superior esquerdo, o papel tem a marca impressa: “Maximiliano Alves ESCULPTOR”. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Cartão-postal

Cartão-postal que representa a escultura “Calúnia” de Maximiliano Alves. Tem anotação sobre a imagem, dificultando a leitura: “(???) Ernesto do Canto Teu amigo [assinatura]”. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Monique Violante do Canto de Faria e Maya

Conjunto de cartas em francês remetidas por Violante ao pai. Monique Violante do Canto de Faria e Maya é filha de Louise Mathild Biderbost com quem Canto da Maya casa em 1919. Violante do Canto nasce a 16 de julho de 1923, vindo a casar com William Emett Colman em 1950. As cartas estão datadas como posteriores a 16 de março de 1944 porque esta é a data de nascimento de Marie, filha do segundo casamento de Canto da Maya, e que é referida nas notas de despedida.

Mon Cher Papa

Apesar de carta estar escrita em francês, despede- em português com “Saudades”. No canto superior direito da primeira página está uma anotação não totalmente percetível: “19 (?)”. Tem algumas manchas de tinta azul. Documento original manuscrito em francês com título atribuído.

Mon cher papa

No canto superior direito da primeira página está uma anotação não totalmente percetível: “24 (?)”. Tem algumas manchas de tinta azul. Documento original manuscrito em francês com título atribuído.

Mon cher papa

Documento original manuscrito em francês com título atribuído.

Mon cher papa

Documento original manuscrito em francês com título atribuído.

Mon cher papa

Documento original manuscrito em francês com título atribuído.

Mon cher papa

Documento original manuscrito em francês com título atribuído.

Mon cher papa

Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Norberto Corrêa

Vasto conjunto de cartas remetidas por Norberto Correa a Canto da Maya. Temas variados.

Meu caro Canto

O remetente escreve que está com um ataque de mau humor em que as palavras e ideias não se encarrilham por mais que tente, referindo que até lhe custa escrever. Deseja uma ótima jornada e que Canto da Maya encontre a sua família de ótima saúde, referindo que envia a quantia que este lhe emprestou, a qual muito agradece. Menciona que a classificação obtida por Canto da Maia em arquitetura foi de 11 valores, o Andrade 15 e ele 13 e, informa ainda, que esta semana partirá para Viseu. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Grego, românico e gothico

O remetente escreve sobre o grego, românico e gothico e de como a humanidade ergueu em "plenitude de graça, força e beleza calma" os seus monumentos arquitetónicos, e continua, abordando a temática da arte e dos homens. Carta incompleta. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Ernesto do Canto

O remetente informa que dessa vez não vai escrever uma carta daquelas epistolas em que tagarela infindavelmente, mencionando que apenas aproveitou o convite que o paquete de amanhã lhe fez, para levar a carta até Canto da Maya, podendo assim levá-lo à sua presença tão amiga e em espiritual convívio abraçá-lo, permanecendo no seu ateliê em silêncio, "como um authentico Bébé deante d'uma árvore de Natal". Refere que viu há dias em Lisboa a seu irmão [Mário] e que este estava de esplendido aspeto. Deseja um ano para toda a família cheio de paz e prosperidades e para Canto da Maya, "Fecundidade, trabalho, creação - toda uma vida a destillar Amõr, vasado em obras d' arte". Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Ernesto do Canto

O remetente refere que escreve à pressa, por estar em preparativos de viagem, referindo os locais onde irá passar, e que depois irá ao Porto ver a exposição dos Humoristas, regressando a Lisboa para se preparar para o exame final. Informa que tem uma triste notícia para dar: "os seus trabalhos (typos do povo) nem um chegou inteiro", referindo que nos correios foram tratados de forma negligente, e que de nada adiante ter Frágil ou não escrito no caixote, mencionado que vai aplicar a [cola tudo]. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Exmo Senhor Ernesto do Canto de Faria e Maia

O remetente refere que aquele sítio passou a ser um ponto de visita obrigatório quando vai a casa, mencionando que tem se recordado muito de Canto da Maya e que recebeu os cumprimentos pelo Armando [Armando Côrtes Rodrigues]. Cartão-postal que representa o Palace Hotel e jardins do Bussaco a preto e branco. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu Caro Ernesto

O remetente escreve que recebeu a carta de Canto da Maya na cama, onde se encontra por estar com uma crise de dores, referindo que pôs todos os amigos em alvoroço e que até o Armando, dormiu no chão, de vigia. Refere que as notícias que recebeu da mãe da irmã também o abalaram. Questiona como está Canto da Maya, se está mais resignado e mais forte para amar com todos os contratempos da vida. Questiona ainda se os tremores de terra o têm abalado e se o atelier dele sofreu com a saraivada. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Ernesto do Canto

O remetente informa que escreve em vésperas da partida do vapor, mencionando que recebeu o postal e o pedido de Canto da Maia: "a machina de afiar laminas gillete". Questiona Canto da Maya se soube do escândalo que alguns pintores "d'aqui" fizeram com a Exposição de Ponta Delgada, referindo que "a fala de chá e de dinheiro traz sempre d'estas figuras de urso", questionando-o se sabe lhe dizer mais alguma coisa sobre o ocorrido. Escreve que envia a apólice do seguro do gesso e questiona se o friso está muito adiantado. Solicita noticias e pede que Canto da Maya, não se feche no silêncio. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu Caro Ernesto

O remetente informa que tem recebido os postais ilustrados de Canto da Maya e elogia a sua arte. Mostra-se preocupado, teme que por lapso não tenha recebido o aviso da Sociedade Nacional e que, por isso, Canto da Maya não possa expor. Refere que a entrega da lista dos trabalhos finda a 15 do corrente e questiona se Canto da Maia tem mais alguma coisa para a exposição. Questiona ainda, para além da "Tortura", que outro nome quer que se ponha à escultura. Solicita que Canto da Maya indique os tamanhos e preços das peças. Informa a nível pessoal, que a sua casa à quase pronto e que conta com a visita de Canto da Maia e refere: "sei que não morre de amores por Portugal (ou será só Lisboa)". Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu Caro Ernesto

O remetente aborda a última carta de Canto da Maya, a qual lhe deu esperança da vinda deste para Viseu. Escreve um parágrafo quase em forma poética sobre o seu sentimento perante a possível vinda de Canto da Maya. Solicita-lhe que faça as malas e que ajude a fazer as da [Madame][Descheues]. Solicita a vinda de Canto da Maya e refere que a sua ida a Lisboa depende do regresso da sua prima e de questões profissionais. Demonstra pesar em não o poder receber e à sua companheira em sua casa, por questões cristãs e princípios de educação, por estes não serem oficialmente marido e mulher. Propõe-se a auxiliar na aquisição de mobiliário, mas em relação à casa, entende ser melhor que seja o próprio Canto da Maya a decidir. Informa que um modelo de rapaz é provável que se arranje, como também um modelo de rapariga. Aconselha uma rapariga para o trabalho e refere que o total das despesas, não será mais do que dois mil reis diários. Informa ainda que dispõe de um fogão a petróleo que coloca à disposição de Canto da Maya (provavelmente para algum trabalho) e que em Viseu não há bom barro para modelar. Informa que o seu atelier não oferece condições para trabalhar escultura e, se não fosse isso, o convidaria. Insiste novamente para que o escultor vá para Viseu, que necessita do amigo para trabalhar e que precisa que Canto da Maya faça a decoração de [umas portas] no átrio. Menciona que já existe um artista refugiado em Viseu; Frederico [Abecasis]; escultor. Informa que não conseguiu obter o [afiador e caudas] e por isso não enviou a encomenda. Termina referindo estar adoentado e com muito trabalho. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Ernesto do Canto

O remetente aborda a ida de Canto da Maya a Viseu, informando que anunciou à sua mãe que este viria acompanhado por [Madame][Descheues] indicando esta como esposa de Canto da Maya. Informa que consegui arranjar uma garagem que irá servir de atelier a Canto da Maya, numa rua central, no rés do chão de uma casa antiga portuguesa, onde reside o conservador do museu regional. Descreve a loja como magnífica, com boa luz e com água canalizada, ao preço de três escudos por mês. Informa que remete um postal onde é possível vislumbrar a casa e o futuro atelier. Confirma que recebeu o vale enviado pelo escultor no valor de quatro mil reis. Insiste na ida de Canto da Maya para Viseu, e solicitada uma data para que lhe possa arranjar uma casa. Refere ainda que se for no inverno, vai ver uma estação "fecunda d´impressões e vida artística". O postal que o remetente informa que junto envia, não se encontra. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

"E por estas razões vou escrever ao Luiz [...]"

O remetente informa que vai escrever ao Luiz d´Assumpção (fotógrafo), para enviar a Canto da Maya os clichés. Mais informa que quando tiver algum trabalho concluído envia fotografias, e que na primeira oportunidade mandará algum projeto, mas não para vender, para recomendar, porque o plano de uma construção é uma coisa variável. A carta está incompleta. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Canto

O remetente escreve que desta vez não está debaixo das barricadas do mau humor, como da última vez, mencionando ainda, o muito calor que tem feito. Refere que desde o dia 28 que tem estado a gozar o convívio e o carinho da família. Escreve que em Lisboa terminou o concelheiro [Arcanio] e que fez o busto do Eça, mencionando que em Viseu ainda não fez nada, e que entregou a estatuetas e a caixa de pirogravura de Canto da Maya. Refere que este com o [Calamba] que lhe disse já ter dado ao Manta os livros. Escreve que recebeu notícias do Armando, de Rabo de Peixe em que lhe dizia que ia escrever a Canto da Maya, mencionando ainda que o Andrade lhe escreveu de [Salzburgo]. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Caro Ernesto do Canto

O remetente, começa por abordar a carta "Notas - Carta a Ernesto do Canto", que releu, tendo encontrado um forte encadeamento de ideias, referindo que começou a escrever, fechando os ouvidos para evitar o ruido vindo do mercado 2 de maio, fazendo uma analogia entre o mercado e o Parlamento. Menciona que ainda não pagou a dívida de afeto que tem para com Canto da Maya, pelas cartas, postais e estampilhas que este lhe envia. Escreve que ao reler as cartas de Canto da Maya, encontrou a resposta às suas últimas produções, pedindo permissão para dizer o que sente sobre o "menino dos patos", referindo que Canto da Maia, solicitou-lhe um nome simples e incisivo para o trabalho, e que nenhum encontrava tão filosófico e expressivo como "the strugle for life". Refere que após analisado o trabalho, entendeu este como impróprio e com um conflito entre o pensamento filosófico e a estética que em nós desperta, mencionando que a ideia é magnífica, mas que a corrente artística que deixou no barro não deixam perceber tal ideia. Continua descrevendo a obra e dá a sua opinião sobre a mesma, sugerindo a Canto da Maia que deixe de fazer potes de barro e que lute por conseguir o movimento da cena, defendendo-se da sua crítica com um novo trabalho. Escreve sobre uma ida a Nelas, descrevendo pormenorizadamente a paisagem, a Vila e os modos de vida das gentes. Descreve ainda uma carta que o deixou chocado e sem disposição para nada, relativa a uma mulher que tentou ajudar o Pai, e que por isso foi condenada pelos irmãos. Informa ainda que tem recebido notícias dos Andrades e [mestre piloto], que estão muito entusiasmados em Paris, mas algo cansados. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Canto

O remetente pede perdão pelo silêncio e explica por que razão não o escreveu mais cedo, referindo que não estranhou o que Canto da Maya lhe disse sobre Paris, sendo comum, quando nos instalamos num meio diferente sentimos repulsa, no entanto, com o passar do tempo, começamos a gostar. Partilha de algumas reflexões de Canto da Maya, nomeadamente sobre questões existenciais dos artistas. Questiona Canto da Maya se tem colegas franceses que lhe pedem para lhes fazer um busto, e escreve sobre a escola de belas artes em Lisboa, referindo que existem 57 novos artistas, duma arte que "toca os raios do patriotismo", referindo que no intervalo das aulas continua a ser proibido atravessar os corredores por causa do mau [olhado] das meninas, escrevendo sobre as aulas, onde "julgo vê-lo", de bibe por entre as mesas ou carregando barro ou a tirar fotografias, que agora há chá, torradas, chocolate, etc, todos os dias. Escreve sobre algumas figuras da escola de belas-artes, nomeadamente sobre: Amílcar, Teixeira, o Manuel, o Santos, Carvalho, Tavares, Caldeira, Andrade, Cunha, Mestre Monteiro, Carlos Reis, Maya, [Pacheco], Alves, Martinho, Carneiro, Nascimento, Barreira. Refere que tem estado muito ocupado como o trabalho escolar e com a exposição de humoristas na qual tem alguns trabalhos e que depois lhe envia fotografia dos mesmos. Algumas folhas apresentam descoloração. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Canto

O remetente escreve que anseia por notícias dele, desejando saber se fez boa viagem, bem como a Mãe, Pai e Irmã. Refere que lhe foi impossível ir dar-lhe um abraço, pois os seus incómodos agravaram-se e teve que partir para Viseu, mencionando ainda que "esmagado pelo soffrimento, assim ganhava mais dôres e perdia o trabalho accumulado d'um anno". Escreve que as dores continuaram e que enviou um telegrama ao Mestre Monteiro, questionando se poderia ainda fazer o exame, ao que este respondeu afirmativamente, referindo no entanto que não poderia ir além do dia 12 de agosto, tendo assim partido para Lisboa e feito o exame, mesmo doente, e que o Mestre Monteiro ao ver o seu trabalho, disse: "A planta não me desagrada, está muito bem para começar". Escreve que está hospedado na Pensão da Glória em Lisboa, e que tem posto grande entusiasmo "neste trabalho" e "muito da minha alma". Refere que no mesmo correio remete um número da "Lanterna Illustrada", onde lhes fazem referência. Menciona que eles têm almas irmãs, havendo só uma diferença entre eles, "a altura da sua techinca que vae muitos metros acima da minha..." Informa que disse ao Armando para lhe remeter as impressões que salvam a primeira exposição dele. Escreve que vai partir para Espinho e que tem reservado para Canto da Maya uma "Vertigem", para ele levar quando lá passar a caminho de Paris. Faz referência a um postal que recebeu de um artista de Viseu, que lhe enviou um postal, referindo o que este lhe disse e menciona que o Armando Cortes Rodrigues fará amanhã o último exame, tendo estado bem em todos eles. Em Post Scriptum (P.S.) informa que o certificado de Canto da Maia não irá hoje porque ainda não está passado, e que na Escola de Belas Artes ouviu uma das maiores heresias que já escutou, dita por Zé Urbano: "De todas as artes, a uma que se vão inspirar na Natureza é a architectura." Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Canto:

O remente escreve que regressou há 4 dias a Lisboa onde encontrou de braços aberto na estação o Armando Cortes Rodrigues a quem questionou sobre as suas novas pesquisas, referindo que este lhe informou do falecimento da tia de Canto da Maia e do grave estado de saúde do irmão. Envia o seu lamento e pesar a Canto da Maya e aos seus pais. Solicita notícias sobre o estado de saúde do irmão e envia beijos para a Beatriz. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Ernesto do Canto

O remetente escreve que jubilou com a carta e com a notícia de Canto da Maya e enaltece o trabalho deste. Refere que viu as Aguiares no Nacional onde assistiu à Italia Vitaliani, descrevendo a arte e o talento da mesma, mencionando que se encontrou com ela no camarim e que expôs o mandatum de Canto da Maia de forma clara. Refere que ela lhe falou de Canto da Maya com grande interesse e que indicou que seria melhor remeter as estatuetas para o Porto, onde iria permanecer até 30 de novembro, mencionando, porém, que se viu obrigado a nova combinação, visto que um dia depois do encontro é que recebeu a carta de Canto da Maya. Escreve que no último espetáculo, a 12, quando estava na bilheteira para adquirir o bilhete, foi abordado por A. Guimarães que não o deixou comprar bilhete, convidando-o a jantar com outros humoristas em dois camarotes expressamente marcados pela Vitaliani para os artistas, referindo que esperava dever-lhes o favor de uns ligeiros croquis para um álbum à semelhança do que o Canto da Maya lhe mostrou, mencionando que ficou perturbado e enraivecido e que registou as "figuras d´urso" de alguns humoristas. Informa que falou novamente com a Vitaliani relativamente ao envio das estatuetas e que reportou as boas novas da última carta de Canto da Maya, escrevendo que Vitaliana e o marido lhe ofereceram-lhe fotografias e um álbum como o de Canto da Maya. Informa que enviou um trabalho para o "Ocidente" e que tem feito outros trabalhos. Escreve ainda que a Italia Vitaliani lhe disse que o melhor seria enviar para São Miguel as estatuetas. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Casa d’habitação para um pintor:

O remetente escreve sobre uma casa de habitação para um pintor, referindo que esta situada dentro de um jardim deverá ter um aspeto artístico em harmonia com o fim a que se destina, continuando a fazer a descrição da casa, desde o rés do chão ao piso superior. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Meu caro Ernesto do Canto

O remetente informa que recebeu a carta de Canto da Maya, a qual muito lhe satisfez, referindo que é lhe difícil na sua resposta, não fazer uso à sua personalidade crítica. Refere que nas descrições da imagem pela Itália sobre Vicenza e Verona, que Canto da Maya exalta tanto as obras arquitetónicas da renascença pura, que ele chega a temer alimentar no seu espírito a irreverência que tem pela época histórica chamada renascença, mencionando que, por certo, as obras que Canto da Maya lhe fala para terem tanto de inspiração, harmonia e grandeza devem ter pertencido a uma renascença dentro do renascimento e fora da renascença. O remetente fala do que tem feito a nível artístico, e faz também observações sobre a obra de Canto da Maya, referindo que existe um grande avanço na forma e no pensamento. Agradece muito os trabalhos, cujos esquiços este lhe enviou, e faz algumas considerações sobre os mesmos. Relativamente à "Vierge" et "Demi-Vierge", escreve que estão bem indicados e que traduzem os estados extremos da virgindade e semi-virgindade, mencionando ainda que a composição decorativa é muito agradável. Em relação ao "Fogão Social", escreve que é cheio de ternura o motivo de baixo-relevo e dizem bem as linhas dos esquiços. Refere, porém, que o arranjo arquitetónico em nada lhe agrada, referindo que as forma simples e tocas do fogão não são dignas de alojarem as caricias requintadas de dois baixos-relevos, pois os baixos-relevos postos naquelas facetas rígidas do seu fogão seriam tules finos a cobrirem fina luva de seda em calosa mão, por mais que o fogo purificador lambesse o corpo da chaminé. Refere ainda que o friso "a dança" não lhe dá uma sensação de movimento, pois na dança há a marcha e o redopio, um movimento em sentido variado e o movimento em círculo, e se o friso de Canto da Maya, é uma expressão desse movimento falta-lhe o rodopio e o desencontro da marcha é pouco acentuado. Escreve ainda que do outro fogão gosta pouco, referindo que não quer dizer que seja mau, mas que aquela abertura ou aqueles braços em mãos altas e dadas não são amigas da harmonia, mencionado que seria mais fácil se ele rasgasse a boca do fogão. Refere ainda que o Armando Cortes Rodrigues escreveu um artigo que ele ilustrou, e que lho vai remeter. Documento original manuscrito em português com título atribuído.

Oliver Frick

Carta em francês remetida a partir de Londres e assinada Oliver Frick. No verso tem anotações, a lápis, de números e um esboço de planta de edifício - 2 pisos. Documento original manuscrito em francês. Título atribuído.

Ana Leite Dias do Canto Bicudo

Contém várias cartas remetidas ao sobrinho por quem demonstra uma grande aproximação e afetividade. Uma das cartas é, também, dirigida ao sobrinho Mário (irmão de Canto da Maya). Uma das missivas não se encontra datada. Todos os documentos são originais e manuscritos em português. Ana Leite Dias do Canto Bicudo é tua materna de Canto da Maya, nascida a 20 de novembro de 1863 e falecida a 10 de setembro de 1913. Numa grande parte da documentação, ao longo de todo o Arquivo ECM, é tratada como “Tia Annica”, assinando muitas vezes desta forma.

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